Vera Lúcia pode se tornar a primeira mulher negra titular do TSE
Atual ministra-substituta compõe lista tríplice enviada a Lula e é símbolo da luta contra o racismo nas instituições
247 - A advogada Vera Lúcia Santana de Araújo pode fazer história no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ao se tornar a primeira mulher negra a ocupar uma cadeira como ministra titular da corte. Ela integra a lista tríplice enviada ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que deve definir sua escolha nas próximas semanas. As informações são da Folha de S.Paulo.
A lista, formada exclusivamente por mulheres, também inclui os nomes de Estela Aranha — assessora da ministra Cármen Lúcia e ex-integrante do Ministério da Justiça — e da advogada Cristina Maria Gama Neves da Silva, que atua como desembargadora-substituta do Tribunal Regional Eleitoral do Distrito Federal (TRE-DF).
Atualmente, Vera Lúcia exerce o cargo de ministra-substituta no TSE. Seu nome vem ganhando força não apenas pela trajetória jurídica, mas também por sua representatividade e firmeza diante de episódios de discriminação racial. Recentemente, ela foi vítima de racismo institucional ao ser impedida de entrar na sede da Advocacia-Geral da União (AGU), em Brasília, mesmo após se identificar como palestrante em um evento oficial promovido pela Comissão de Ética Pública da Presidência da República.
O caso causou indignação e reacendeu o debate sobre o racismo estrutural em órgãos públicos. Na ocasião, Vera Lúcia denunciou a abordagem discriminatória, o que aumentou a visibilidade de sua luta por igualdade e respeito no sistema de Justiça.
A eventual nomeação de Vera Lúcia para o TSE será um marco na história do Judiciário brasileiro. Além de quebrar barreiras simbólicas, sua presença na cúpula do tribunal eleitoral poderá contribuir para o fortalecimento de políticas de equidade racial e representatividade de grupos historicamente marginalizados.
A escolha do novo nome deve ser feita por Lula nos próximos dias, e a expectativa em torno da decisão cresce tanto no meio jurídico quanto nos movimentos sociais que defendem maior diversidade nas instituições públicas.
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