Começa a portabilidade de empréstimo entre bancos pelo programa Crédito do Trabalhador
A dívida antiga de uma pessoa poderá ser transferida de uma instituição financeira para outra que ofereça juros menores
247 - Trabalhadores com carteira assinada que têm crédito pessoal sem garantias podem renegociar dívidas fazendo a portabilidade para outra instituição financeira a partir desta sexta-feira (16). Com o programa Crédito do Trabalhador, a dívida antiga de uma pessoa poderá ser transferida de um banco para outra autoridade bancária habilitada pela proposta e que ofereça juros menores. Já foram emprestados R$ 11,4 bilhões favorecendo mais de 2 milhões de trabalhadores. O programa tem 39 instituições financeiras executando a linha, nas mais de 70 instituições estão habilitadas.
De acordo com a Secretaria de Comunicação (Secom) da presidência da República, o Brasil conta com mais de 47 milhões de trabalhadores assalariados com carteira assinada, e a expectativa é que, em quatro anos, 25 milhões de pessoas sejam incluídas no consignado privado.
O programa permite que trabalhadores celetistas, domésticos, rurais, empregados de MEI e diretores não empregados com direito ao FGTS solicitem crédito junto às instituições financeiras habilitadas pelo Ministério do Trabalho e Emprego.
Os trabalhadores podem substituir dívidas caras, como empréstimos pessoais sem garantia (CDC), carnê de pagamento das financeiras, o rotativo do cartão e o cheque especial, por um crédito com juros significativamente mais baixos.
Quando o trabalhador migra para o Crédito do Trabalhador, ele automaticamente quita a dívida antiga, fazendo um novo empréstimo. Todos os bancos habilitados têm a lista de todos os trabalhadores com Crédito Direto ao Consumidor (CDC).
Ao comentar a proposta, o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, afirmou que existe uma espécie de “leilão entre bancos”. “A instituição financeira pode baixar mais ainda os juros para não perder o cliente. O CDC hoje tem uma taxa de juros de mais de 8%, e o trabalhador poderá conseguir nesta troca renegociar a dívida dele com juros por menos da metade. Com isso, terá um alívio financeiro do seu salário, e reduzirá o seu endividamento”.
A média dos empréstimos da linha alcança R$ 5.383,22 por contrato, com uma prestação média de R$ 316,61 num prazo de 17 meses. Os maiores volumes de recursos contratados foram verificados nos estados de São Paulo (R$ 3 bilhões), Minas Gerais (R$ 960,8 milhões), Rio de Janeiro (R$ 940,5 milhões), Paraná (R$ 769,3 milhões) e Rio Grande do Sul (R$ 760,8 milhões).
O Banco do Brasil acumula o maior volume de empréstimos, já tendo emprestado R$ 3,1 bilhões por meio do Crédito do Trabalhador, a maior parte para liquidar dívidas mais caras.
Como funciona
Inicialmente, a pessoa deve procurar o banco para transferir a dívida de uma instituição para outra. A troca ainda não pode ser feita pela Carteira de Trabalho Digital. No próximo dia 6 de junho, poderá ocorrer a migração de qualquer dívida de qualquer banco, inclusive as linhas do Crédito do Trabalhador, e do consignado de convênio.
No aplicativo Carteira de Trabalho Digital, o trabalhador autoriza o compartilhamento de seus dados (como F, tempo de empresa e margem disponível).
- Em até 24 horas, instituições financeiras enviam ofertas de crédito.
- O trabalhador escolhe a melhor proposta, com juros menores.
- As parcelas são descontadas diretamente na folha de pagamento.
- Até 35% da renda mensal podem ser comprometidos com o empréstimo.
- Para solicitar a portabilidade, o interessado deverá:
- Verificar se o banco de destino oferece o novo consignado para CLT.
- Pedir a portabilidade nos canais digitais da instituição (site ou aplicativo).
- A nova instituição quita a dívida anterior e assume o crédito automaticamente, com os juros e os prazos da nova linha.
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