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      Haddad diz que recuo no IOF foi técnico e reafirma compromisso com ajuste fiscal

      Ministro da Fazenda defende revisão após reação do mercado e afirma que medida foi debatida na mesa do presidente Lula

      Ministro Fernando Haddad (Foto: Adriano Machado / Reuters)
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      247 – O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que a decisão de recuar em parte da taxação de investimentos no exterior por fundos brasileiros, via IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), foi técnica e imediata, tomada assim que recebeu alertas de impacto negativo. Em entrevista ao Globo, publicada neste domingo (25), Haddad disse que o tema foi debatido na mesa do presidente Lula, mas que sua decisão foi pessoal e baseada em avaliação técnica. A medida inicial gerou forte reação no mercado, interpretada como tentativa de controle de capitais — o que, segundo o ministro, "nunca esteve no horizonte do governo".

      “O que aconteceu agora é justificável. Por isso, atendemos prontamente ao pleito depois de uma revisão técnica”, afirmou Haddad. “Assim que eu identifiquei que havia um problema, reuni virtualmente a equipe para redigir o ato de correção”, explicou. Segundo ele, o decreto foi publicado no Diário Oficial antes da abertura do mercado, evitando especulações e distorções.

      A decisão anterior, de taxar remessas de recursos ao exterior feitas por fundos de investimento, foi vista com preocupação por setores do mercado e por integrantes do próprio governo. Haddad reconheceu o ruído na comunicação e disse que o tema não contou com a participação da Secretaria de Comunicação Social (Secom), o que, segundo ele, é comum em medidas técnicas como os relatórios bimestrais de receitas e despesas.

      Questionado sobre o impacto político da decisão, Haddad afirmou: “Quanto mais você dialoga, é franco e humilde em relação aos temas, mais constrói reputação”. O ministro também rebateu críticas de que a equipe econômica não teria avaliado corretamente os efeitos da medida. “Mostrar determinação para fazer o que é certo e rever aquilo que pode gerar problemas para a economia brasileira são posturas que se espera de uma equipe séria.”

      O ministro ressaltou que a discussão sobre o IOF faz parte de um conjunto maior de medidas que já vinham sendo preparadas há mais de um ano. “Fizemos (o decreto) pela oportunidade de fazer um combo, prevendo receita, bloqueio, contingenciamento, mas essas medidas estão sendo analisadas há mais de um ano”, disse.

      Haddad também aproveitou a entrevista para reafirmar o compromisso do governo com o ajuste fiscal. “Desde 2015, nós estamos com déficit estrutural. Queremos vencer essa etapa, mas depende muito mais do Congresso”, afirmou. Ele observou que o atual arranjo institucional brasileiro se assemelha a um parlamentarismo de fato: “Hoje nós vivemos um quase parlamentarismo. Quem dá a última palavra sobre tudo isso é o Congresso.”

      Ao abordar a relação com o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e seu sucessor, Gabriel Galípolo, Haddad destacou a necessidade de harmonia entre as políticas fiscal e monetária. “Galípolo herdou uma situação difícil, mas saberá fazer a transição corretamente para que haja harmonia”, declarou.

      Sobre a possível candidatura em 2026, o ministro descartou a ideia e afirmou já ter comunicado ao PT que não pretende concorrer. “O presidente nunca me perguntou sobre isso. Mas manifestei para a direção do PT, com bastante antecedência, que não tinha a intenção de ser candidato.”

      Na reta final da entrevista, Haddad comentou sua relação com o ministro da Casa Civil, Rui Costa, com quem protagonizou embates no início do governo. “Isso já foi verdade. Acredito que no começo do governo nós tínhamos duas linhas um pouco diferentes. Mas isso foi se alinhando.”

      Por fim, o ministro reafirmou a solidez da aliança entre Lula e o vice-presidente Geraldo Alckmin. “O Alckmin tem sido um grande parceiro do presidente Lula. Uma pessoa honrada, séria, comprometida, leal. O tempo deu razão à decisão do presidente de convidá-lo para a chapa.”

      Com essa entrevista, Haddad busca dissipar os ruídos causados pelo episódio do IOF, reafirmando a condução técnica da política econômica e o compromisso com responsabilidade fiscal, em um cenário de crescimento acima das expectativas e esforço contínuo para consolidar o equilíbrio entre gasto público e arrecadação.

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