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Preços ao consumidor sobem menos que o previsto nos EUA em maio

Gasolina mais barata e alta moderada nos aluguéis seguram inflação, mas tarifas de Trump devem pressionar preços nos próximos meses

Um carrinho de compras é visto em um supermercado enquanto a inflação afeta os preços ao consumidor em Manhattan, Nova York, EUA, em 10 de junho de 2022 (Foto: REUTERS/Andrew Kelly)
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WASHINGTON, 11 de junho (Reuters) - Os preços ao consumidor nos Estados Unidos subiram menos do que o esperado em maio, segundo dados divulgados pelo Departamento do Trabalho. 

A desaceleração foi influenciada principalmente pela queda nos preços da gasolina, que ajudou a compensar aumentos nos aluguéis. Economistas, no entanto, alertam que a inflação deve se intensificar nos próximos meses devido às tarifas de importação impostas pelo governo do presidente Donald Trump.

O relatório apontou também que as pressões inflacionárias subjacentes se mantiveram contidas no mês. Analistas destacam que a resposta da inflação às tarifas amplas implementadas por Trump tem sido lenta, já que muitos varejistas ainda estão vendendo estoques acumulados antes da vigência dos tributos.

A rede Walmart informou em maio que começaria a aumentar os preços no fim daquele mês e também em junho. Ainda assim, o avanço dos preços foi contido por reajustes mais suaves em serviços, como as agens aéreas, que permanecem em queda. A expectativa do mercado é de que o Federal Reserve (banco central dos EUA) mantenha inalteradas as taxas de juros na reunião da próxima quarta-feira, com esperanças de uma flexibilização monetária a partir de setembro.

“Este relatório é mais um indicador de que, antes das tarifas e da incerteza econômica, estávamos no caminho de uma inflação retornando à meta. O principal obstáculo ao progresso futuro são os aumentos de preços relacionados às tarifas”, avaliou Daniel Hornung, pesquisador sênior do MIT.

Segundo o Escritório de Estatísticas do Trabalho (BLS), o Índice de Preços ao Consumidor (I) subiu 0,1% em maio, após um avanço de 0,2% em abril. A projeção de analistas consultados pela Reuters era de alta de 0,2%.

A principal contribuição para o avanço no mês veio do custo de moradia, que subiu 0,3%, impulsionado principalmente pelos aluguéis. Os preços dos alimentos também se recuperaram, com alta de 0,3%, após recuarem 0,1% em abril. Os preços de supermercados subiram 0,3%, puxados por aumentos expressivos em cereais, produtos de padaria e outros itens consumidos em casa. Frutas e vegetais também ficaram mais caros, mas os consumidores sentiram alívio com a queda de 2,7% no preço dos ovos. Carnes, peixes, bebidas não alcoólicas e laticínios ficaram mais baratos em comparação a abril. Já os combustíveis registraram recuo de 2,6%.

No acumulado de 12 meses encerrado em maio, o I subiu 2,4%, após alta de 2,3% em abril.

Além dos estoques adquiridos antes das tarifas, os analistas acreditam que o ambiente de demanda incerta tem feito com que algumas empresas hesitem em rear custos aos consumidores. Ainda assim, a previsão é de que a inflação se acelere a partir de junho, com os aumentos sendo feitos de forma gradual para evitar choques de preços e reações da Casa Branca.

No mês ado, Trump declarou que o Walmart deveria “absorver as tarifas” em vez de rear os aumentos ao consumidor. A istração norte-americana tem sustentado que as tarifas são pagas pelos países exportadores.

Nesta quarta-feira, o presidente Donald Trump afirmou que o acordo comercial com a China estava “concluído”. Ainda assim, os impostos sobre produtos chineses permanecem significativamente mais altos do que no início do ano.

No mercado financeiro, as ações em Wall Street fecharam em alta. O dólar recuou frente a uma cesta de moedas e os rendimentos dos títulos do Tesouro americano caíram.

Ao se excluir os itens mais voláteis, como alimentos e energia, o núcleo do I teve alta de 0,1%, ante 0,2% em abril. Os custos com moradia avançaram 0,3%, incluindo o aluguel equivalente ao de proprietários de imóveis. Por outro lado, houve queda de 0,1% nos preços de hotéis e motéis, além de recuo de 2,7% nas tarifas aéreas, sugerindo uma demanda em desaceleração.

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