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      China e Canadá retomam diálogo de alto nível e veem "janela de oportunidade" para reconstruir relações

      Em telefonema a pedido de Mark Carney, premiê Li Qiang defende parceria baseada em respeito mútuo e cooperação econômica sustentável

      Bandeiras chinesas e canadenses impressas são vistas nesta ilustração. (Foto: REUTERS/Dado Ruvic/Ilustração)
      Luis Mauro Filho avatar
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      247 - O primeiro-ministro da China, Li Qiang, afirmou nesta sexta-feira (6) que Pequim está disposta a trabalhar em conjunto com o Canadá para recolocar a relação bilateral em um caminho de "desenvolvimento sólido e estável". 

      A declaração foi feita durante uma ligação telefônica com o primeiro-ministro canadense, Mark Carney, feita por iniciativa do lado canadense. A reportagem é do jornal Global Times.

      O contato telefônico entre os líderes representa mais um sinal de reaproximação entre as duas economias, após anos de atritos. No início da semana, o ministro do Comércio da China, Wang Wentao, se reuniu em Paris com o ministro canadense do Comércio Internacional, Maninder Sidhu, às margens de um encontro ministerial da Organização Mundial do Comércio. O encontro tratou de temas como o sistema multilateral de comércio, relações econômicas e interesses comuns.

      Superando anos de imes diplomáticos

      Li Qiang reconheceu que o Canadá foi um dos primeiros países ocidentais a estabelecer relações diplomáticas com a República Popular da China, e que, por muito tempo, o vínculo bilateral esteve na vanguarda das conexões de Pequim com o Ocidente. No entanto, nos últimos anos, a relação bilateral enfrentou "sérias dificuldades devido a interferências desnecessárias", segundo o premiê chinês.

      Apesar dos contratempos, Li enfatizou que "o desenvolvimento da China e do Canadá representa oportunidades, e não ameaças, um para o outro". Para ele, não há conflitos de interesse fundamentais entre os dois países, mas sim uma “tradição de amizade e benefícios mútuos”. O líder chinês reforçou que deseja ver o Canadá “olhar para o desenvolvimento da China de forma objetiva e racional” e propôs esforços conjuntos em favor de “prosperidade compartilhada”.

      Cooperação econômica e diálogo multissetorial

      O premiê chinês destacou o potencial econômico complementar das duas nações e sugeriu aprofundar a cooperação em setores tradicionais, além de explorar novas parcerias em áreas emergentes como energia limpa, mudanças climáticas e inovação tecnológica. Ele também propôs o fortalecimento dos intercâmbios entre os povos e das trocas comerciais.

      Li ressaltou que a China está disposta a cooperar com base na "igualdade e respeito mútuo", promovendo diálogo e buscando ampliar consensos, enquanto eventuais diferenças devem ser tratadas de forma adequada.

      Mark Carney, por sua vez, afirmou que “a China é o segundo maior parceiro comercial do Canadá” e que, apesar dos retrocessos recentes, seu país está preparado para “reiniciar o relacionamento com a China”. O primeiro-ministro canadense manifestou interesse em retomar mecanismos de diálogo e encontros de alto nível, com foco em diplomacia, comércio, agricultura, energia e meio ambiente.

      Contexto internacional e defesa do multilateralismo

      Durante a conversa, Li Qiang alertou para o crescimento de políticas unilaterais e protecionistas no cenário internacional e reforçou que Pequim está disposta a trabalhar com Ottawa para proteger o sistema multilateral de comércio e promover a globalização econômica. Carney respondeu dizendo que o Canadá quer ampliar a comunicação com a China e contribuir para a estabilidade financeira internacional e o desenvolvimento sustentável global.

      Segundo Liu Dan, pesquisadora do Centro de Estudos Regionais da Universidade de Estudos Estrangeiros de Guangdong, “a ligação foi construtiva e definiu um tom crucial para o alívio das tensões”. Para ela, o interesse canadense em retomar os diálogos de alto nível é um “sinal importante” diante da paralisação desses canais nos últimos anos.

      Já o professor Li Haidong, da Universidade de Relações Exteriores da China, avaliou que “as relações China-Canadá são inerentemente benéficas” e que os dois países vivem uma “janela de oportunidade” para retomar a cooperação. Segundo ele, “em meio à instabilidade global, a coordenação sino-canadense é uma política adequada para conter os efeitos do unilateralismo e do protecionismo”.

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