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      Jeffrey Sachs alerta: OTAN e Rússia estão à beira de uma guerra nuclear

      Em entrevista contundente, economista norte-americano critica ataques à Rússia, denuncia arrogância do Ocidente e alerta para colapso da diplomacia

      (Foto: .REUTERS/Max Rossi)
      Redação Brasil 247 avatar
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      247 – Em uma entrevista alarmante ao canal do professor Glenn Diesen, o renomado economista Jeffrey Sachs advertiu que o mundo se encontra perigosamente próximo de uma guerra nuclear, em razão do que classificou como “provocação de proporções extraordinárias” contra forças nucleares russas, com participação ou conivência de agências de inteligência dos Estados Unidos e aliados da OTAN. Sachs denunciou a ausência de diplomacia, o declínio dos movimentos pacifistas e o que chamou de “arrogância do poder” por parte do Ocidente.

      Segundo o economista, os ataques recentes contra bombardeiros estratégicos russos, realizados com provável apoio da CIA e do MI6 britânico, representam uma ruptura grave nos acordos de controle de armas nucleares que garantiram a estabilidade internacional durante a Guerra Fria. “A leviandade, a insensatez, a imprudência do comportamento ocidental e da mídia ocidental são chocantes”, afirmou. Para ele, o Ocidente abandonou qualquer esforço real por diplomacia desde o fim da União Soviética em 1991, confiando em sua hegemonia militar e política.

      A ameaça da escalada nuclear

      Sachs comparou a situação atual à crise dos mísseis de Cuba, mas lamentou que, ao contrário do que ocorria no ado, agora não há esforços visíveis para desescalar o conflito. “Em vez de correr para evitar o Armagedom, nossa mídia e nossos governos parecem estar inclinados a comemorar”, criticou. Ele destacou que o ataque contra bombardeiros russos, localizados no interior do país e monitorados conforme os tratados de controle, representa uma quebra explícita de confiança entre as potências nucleares.

      A crítica mais contundente recai sobre o que Sachs chama de “estado profundo” dos Estados Unidos – um conjunto de instituições, liderado por órgãos como a CIA, que opera sem supervisão pública e define a política externa à revelia da vontade popular. “Perdemos o controle de nossas instituições políticas sobre a política externa. A CIA tem guiado a política americana por décadas, em segredo e com mentiras”, acusou.

      O papel dos governos e da mídia

      Para Sachs, tanto os governos ocidentais quanto a mídia corporativa se tornaram cúmplices de uma política belicista sem respaldo popular. “Não é verdade que o público em geral na Europa ou nos Estados Unidos queira essa guerra”, pontuou. Ele observou que, mesmo com líderes impopulares como Emmanuel Macron e Keir Starmer, as guerras continuam por causa de coalizões frágeis que impedem a ascensão de vozes contrárias. “Onde estão os movimentos pela paz?”, questionou, lamentando a ausência de mobilização popular diante de uma escalada potencialmente catastrófica.

      Trump e o enigma da inação

      Embora reconheça que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, tenha declarado desejo de encerrar a guerra na Ucrânia, Sachs demonstrou ceticismo quanto à real influência dele sobre as ações recentes. “Talvez simplesmente não esteja no controle”, disse, sugerindo que Trump pode ter sido mantido à margem ou tenha preferido o silêncio diante do ataque. “Se esse fosse o caso, um presidente responsável deveria dizer algo ao público, à CIA, à Rússia, para evitar que isso se transforme em uma catástrofe”, ponderou.

      A falência da diplomacia

      Ao final da entrevista, Sachs lamentou o colapso da diplomacia no Ocidente. “Durante a Guerra Fria, tínhamos o bom senso de dialogar com nossos oponentes e era permitido discutir suas preocupações de segurança. Hoje, nem isso”, avaliou. Ele atribui essa falência à arrogância do poder, à banalização da teoria dos jogos e à crença generalizada de que “diplomacia é sinal de fraqueza”.

      A entrevista de Jeffrey Sachs reforça um alerta que vem sendo ignorado: a escalada atual entre Rússia e OTAN não é um jogo. Trata-se de uma crise que ameaça a própria sobrevivência da humanidade e, segundo o economista, o caminho para a paz exige retomar a racionalidade, o diálogo e o reconhecimento das preocupações mútuas entre potências nucleares.

      “Quando os radicais de ambos os lados prevalecem, isso significa escalada. E quando ocorre uma escalada entre duas superpotências nucleares, isso significa que nos aproximamos do risco de uma guerra nuclear total.”

      Essa é, nas palavras de Sachs, a realidade sombria que enfrentamos. E o mundo segue, perigosamente, como se nada estivesse acontecendo. Confira:

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