window.dataLayer = window.dataLayer || []; window.dataLayer.push({ 'event': 'author_view', 'author': 'Redação Brasil 247', 'page_url': '/americalatina/eua-impoem-ultimato-a-china-sobre-canal-do-panama' });
TV 247 logo
      HOME > América Latina

      EUA impõem ultimato à China sobre Canal do Panamá

      Em movimento militarizado, governo Trump busca “retomar” influência sobre via estratégica e acusa Pequim de ameaçar segurança dos Estados Unidos

      Terminal portuário adquirido pela Blackrock no Canal do Panamá (Foto: Reuters)
      Redação Brasil 247 avatar
      Conteúdo postado por:

      247 – Em uma escalada de tensões geopolíticas no continente americano, os Estados Unidos anunciaram uma série de medidas militares com o objetivo de conter a presença da China no entorno do Canal do Panamá. A reportagem foi originalmente publicada pelo portal RT, com declarações contundentes do secretário de Defesa norte-americano, Pete Hegseth, durante a inauguração de um novo cais financiado pelos EUA na Base Naval Vasco Núñez de Balboa.

      “A China não construiu este canal. A China não opera este canal. E a China não vai militarizar este canal”, declarou Hegseth, deixando clara a nova diretriz da istração do presidente Donald Trump em seu segundo mandato. “Juntos, vamos retomar o Canal do Panamá da influência chinesa. E faremos isso com aliados e parceiros capazes, que compartilham os mesmos valores. Isso é o que chamamos de paz por meio da força.”

      O discurso foi acompanhado por uma demonstração prática do comprometimento de Washington: o envio de navios da Marinha e da Guarda Costeira dos EUA à região, além de aeronaves do Corpo de Fuzileiros Navais, que participam de exercícios bilaterais com as Forças Armadas do Panamá, tanto no lado Atlântico quanto no Pacífico da hidrovia. Entre os equipamentos mobilizados estão os cruzadores lançadores de mísseis USS Chosin e USS Normandy, bem como o navio de patrulha oceânico USCGC Kimball.

      As movimentações ocorrem após o presidente Trump, no início do ano, ter se recusado a descartar o uso da força militar para garantir o “livre e ir o militar e comercial dos EUA” ao canal. Segundo fontes do RT, o presidente ordenou pessoalmente que o Pentágono apresentasse “opções militares críveis” para proteger os interesses estratégicos norte-americanos na região.

      Durante seu discurso, Hegseth reforçou acusações contra empresas chinesas que operam nas imediações do canal, alegando que essas corporações poderiam facilitar atividades de espionagem. “Empresas sediadas na China continuam a controlar infraestrutura crítica na área do canal. Isso dá à China a possibilidade de realizar atividades de vigilância em todo o território panamenho”, afirmou.

      Apesar da retórica agressiva de Washington, o governo do Panamá tem adotado postura cautelosa. A Autoridade do Canal do Panamá (A) insiste que a operação da via é feita exclusivamente por panamenhos, sem interferência estrangeira. O presidente panamenho, José Raúl Mulino, já declarou anteriormente que o canal é “patrimônio inalienável” do país.

      No entanto, em fevereiro deste ano, após o envio de um ultimato formal por parte do secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, Mulino cedeu a pressões e decidiu não renovar os acordos firmados com a China em 2017 no âmbito da Iniciativa do Cinturão e Rota — projeto geopolítico global de infraestrutura promovido por Pequim.

      A crise diplomática em torno do Canal do Panamá resgata memórias do século XX, quando os EUA exerciam controle direto sobre a via. Com a postura atual da Casa Branca, que envolve ameaças explícitas e presença militar intensificada, especialistas alertam para o risco de novas instabilidades na América Latina, uma região historicamente sensível à disputa entre potências globais.

      O posicionamento de Washington, portanto, sinaliza um endurecimento da política externa norte-americana na região, reforçando a doutrina de segurança hemisférica e buscando reafirmar a primazia dos EUA diante da crescente influência da China na América Latina.

      ❗ Se você tem algum posicionamento a acrescentar nesta matéria ou alguma correção a fazer, entre em contato com [email protected].

      ✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no Telegram do 247 e no canal do 247 no WhatsApp.

      Rumo ao tri: Brasil 247 concorre ao Prêmio iBest 2025 e jornalistas da equipe também disputam categorias

      Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:

      Cortes 247

      Relacionados