Gustavo Petro critica aliança do ELN com o narcotráfico: “Nem as FARC cometeram esse erro”
Presidente colombiano suspende diálogos de paz e denuncia envolvimento do grupo com o tráfico e violência no Catatumbo
247 - Em pronunciamento recente, o presidente da Colômbia, Gustavo Petro, criticou duramente o Exército de Libertação Nacional (ELN), acusando a guerrilha de abandonar seus ideais revolucionários ao se envolver com o narcotráfico e a violência. As declarações foram feitas após a suspensão dos diálogos de paz entre o governo e o grupo armado, em meio a uma escalada de confrontos na região do Catatumbo, fronteira com a Venezuela.
Segundo Petro, o ELN cometeu o "triste erro de optar pela guerra e pelo traqueteo" (narcotráfico), o que, em suas palavras, "os consumirá". O presidente lamentou que um projeto que pregava a "emancipação humana e a revolução' tenha seguido esse caminho, afirmando que "nem mesmo as FARC cometeram esse erro" .
A decisão de suspender os diálogos de paz foi tomada após uma série de ataques violentos atribuídos ao ELN e a outros grupos armados, como o Clan del Golfo e dissidências das FARC, que resultaram na morte de mais de 30 policiais e militares desde meados de abril. O governo colombiano responsabiliza essas organizações por uma onda de violência que tem afetado diversas regiões do país.
Petro destacou que, apesar das dificuldades, a Colômbia conta com o apoio da Venezuela no combate ao ELN no Catatumbo. Ele mencionou que autoridades venezuelanas capturaram dez ou onze prefeitos de diferentes partidos políticos envolvidos com o narcotráfico e apreenderam cerca de 30 toneladas de cocaína. O presidente enfatizou a importância de relações diplomáticas saudáveis entre os dois países para enfrentar conjuntamente o crime organizado na fronteira.
A região do Catatumbo tem sido palco de intensos confrontos entre o ELN e o Frente 33, das dissidências das FARC, em disputa pelo controle de rotas do narcotráfico. A violência resultou em mais de 100 mortes e milhares de deslocados desde janeiro. Em resposta, o governo colombiano decretou estado de comoção interior na região, permitindo ações excepcionais para restabelecer a ordem.
(Com informações do portal 90 Minutos)
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