Projeto Piraquê: Alexandre Silveira visita maior obra de transmissão de energia do Brasil

247 - O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD), esteve nesta segunda-feira (10) nas obras do Projeto Piraquê, o maior empreendimento greenfield atualmente em construção no setor de transmissão do Brasil. A visita fez parte da agenda Circuito Solar, realizada no estado de Minas Gerais. O projeto, sob responsabilidade da Isa Energia Brasil, foi arrematado no lote 3 do Leilão de Transmissão nº 01/22 da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e promete aumentar a capacidade de escoamento de 17,6 GW de energia renovável no norte mineiro, impulsionando a transição energética no país.

A companhia, uma das líderes nacionais em transmissão de energia, tem um plano de investimentos expressivo para Minas Gerais, que é seu segundo maior mercado. Do total de R$ 14 bilhões projetados até 2029, R$ 6,5 bilhões serão aplicados no estado. Especificamente no Projeto Piraquê, o investimento chega a R$ 3,7 bilhões, com a construção de oito linhas de transmissão que somam 947 km de extensão entre Minas Gerais e Espírito Santo. Também serão erguidas duas novas subestações, Janaúba 6 e Capelinha 3, além da ampliação de outras seis já existentes. O empreendimento contará com 2.250 MVA de potência para conectar e distribuir energia renovável de forma mais eficiente.

Durante a visita, líderes da companhia acompanharam Silveira ao canteiro de obras da transmissão entre as subestações Janaúba 3 e 6, onde mais de 400 trabalhadores estão mobilizados. O ministro destacou a relevância do projeto para o setor e para o desenvolvimento regional. "Temos trabalhado em políticas públicas para garantir a expansão de nossa matriz energética, principalmente por meio de fontes renováveis, como é o caso da energia solar. E Minas Gerais tem se destacado neste cenário, com grandes investimentos sendo realizados principalmente no Norte do Estado. Com isso, temos conseguido transformar a realidade das regiões, gerando milhares de empregos e diversificando a economia, garantindo ainda o protagonismo do Brasil na geração de energia limpa", afirmou.

O diretor-presidente da Isa Energia Brasil, Rui Chammas, ressaltou a importância do empreendimento: “a visita reflete a importância do nosso empreendimento de transmissão no cenário energético brasileiro para o escoamento de energia renovável, assim como reconhece o nosso olhar especial para o Estado de Minas Gerais, onde vamos investir R$ 6,5 bilhões nos próximos 5 anos em projetos que servem à transição energética no estado. É motivo de muita satisfação acompanhar os avanços deste importante empreendimento, que possui 40% das obras já realizadas, em compromisso com a sociedade, a confiabilidade do sistema elétrico e a transição energética do nosso país”.

Liderança feminina no setor de energia - Outro destaque do Projeto Piraquê é a presença feminina em posições de comando. Duas mulheres lideram a operação, coordenando a equipe de 3 mil trabalhadores nas obras. Gabriela Rodrigues é responsável pela gestão das linhas de transmissão, distribuídas em 11 canteiros ao longo dos quase 1.000 km de extensão do projeto. Já Jacqueline Balliari lidera a construção das subestações, que já se encontram em diferentes fases, desde terraplanagem até fundação. A presença feminina em posições estratégicas reforça a inclusão e diversidade dentro do setor, tradicionalmente dominado por homens.

Expansão estratégica para o setor energético - O Projeto Piraquê, com previsão de energização em setembro de 2027, faz parte de um movimento maior de fortalecimento da infraestrutura energética brasileira. A Receita Anual Permitida (RAP) do projeto está estimada em R$ 285,7 milhões, consolidando-se como um dos maiores investimentos na transmissão de energia já realizados no país.

A expansão da capacidade de transmissão em Minas Gerais é fundamental para o escoamento de energia solar e eólica, cada vez mais predominantes na matriz energética brasileira. A aposta na transição para fontes limpas reforça o compromisso do Brasil com a sustentabilidade e coloca o estado de Minas Gerais no centro dessa revolução energética. O projeto também é estratégico para a geração de empregos e a movimentação da economia local, fortalecendo cadeias produtivas e atraindo novos investimentos para a região.