Baptista Júnior disse que se recusou a discutir minuta do golpe: “me levantei e fui embora”
Ex-comandante da Aeronáutica afirmou ao STF que se opôs à proposta de manter Bolsonaro no poder após derrota nas eleições de 2022
247 - O ex-comandante da Aeronáutica Carlos de Almeida Baptista Júnior disse em depoimento ao Supremo Tribunal Federal (STF) que se opôs à minuta do golpe para manter o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) após as eleições de 2022. O tenente-brigadeiro disse que deixou a reunião em que o documento foi apresentado à cúpula das Forças Armadas. As informações são da CNN Brasil.
“Quando eu entrei, eu fui o último a chegar, o Garnier estava de costas, eu entrei e sentei ao lado do Garnier e imediatamente a reunião começou. O Paulo Sérgio disse: trouxe aqui um documento para vocês verem. Não lembro se ele falou que era estado de defesa ou de sítio”, disse.
“Ele falou que trouxe um documento para vocês analisarem. Eu perguntei: esse documento prevê a não [incompreensível] do presidente eleito? Se sim, eu não ito sequer receber esse documento, levantei e fui embora”, completou.
Baptista Júnior foi convocado como testemunha tanto pela Procuradoria-Geral da República (PGR), que conduz a acusação, quanto pelas defesas de Bolsonaro, do ex-comandante da Marinha, Almir Garnier, e do ex-ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira.
Em seu depoimento, o militar também afirmou ter presenciado reuniões em que se discutiam ações golpistas e, por manifestar sua oposição a tais ideias, ou a ser alvo de críticas e ataques nas redes sociais por parte de apoiadores do ex-presidente.
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