Brasil abre 257.528 vagas formais de trabalho em abril, número recorde para o mês
Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) foram divulgados nesta quarta-feira pelo Ministério do Trabalho
BRASÍLIA (Reuters) - O Brasil abriu 257.528 vagas formais de trabalho em abril, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados nesta quarta-feira pelo Ministério do Trabalho e Emprego.
O resultado do mês ado foi fruto de 2.282.187 issões e 2.024.659 desligamentos e ficou muito acima da expectativa de economistas apontada em pesquisa da Reuters de criação líquida de 175.000 vagas.
Esse foi o maior resultado para o mês na série histórica do Novo Caged, que contabiliza os dados a partir de 2020, e o melhor desde 2012, quando a metodologia usada para monitorar os números era diferente.
Em relação aos 12 meses anteriores, o saldo de abril ficou atrás apenas do de fevereiro, que foi atipicamente elevado, com criação de 438.871 vagas. Já em abril de 2024, foram abertos 239.886 postos.
No acumulado do ano, o saldo positivo é de 922.362 postos de trabalho, o segundo resultado mais elevado da série histórica do Novo Caged, atrás apenas de 2024, com abertura de 965.818 vagas no mesmo período.
O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, disse que a trajetória dos resultados deste ano indica que o saldo total de vagas de 2025 deve ficar "um pouquinho menor" do que o de 2024.
Os cinco grupamentos de atividades econômicas registraram saldos positivos de vagas em abril, puxados pelo setor de serviços, com 136.109 postos, seguido por comércio, com 48.040. Em último lugar, depois de indústria e construção, ficou o setor agropecuário com 4.025 vagas, segundo dados preliminares e ainda sujeitos a ajustes.
Alagoas foi a unidade da Federação a registrar o menor saldo percentual de abertura no mês ado, com uma variação positiva de 0,09% frente ao mês anterior. Já Minas Gerais foi o Estado com o maior percentual de criação de vagas, com uma alta de 0,58% em relação ao mesmo período.
Questionado sobre o cronograma para um possível anúncio de mudanças no Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT) discutidas pelo governo, Marinho afirmou que o tema está sendo discutido no Executivo, mas que a incompatibilidade de agenda de autoridades tem atrasado uma resolução.
"Pretendia ter essa revisão até o final de maio. Seguramente, como nós já estamos nos últimos dias, confesso que não vamos ter condições de fechar dentro do mês de maio, mas na minha opinião não pode de maneira alguma ar de junho", afirmou.
Fontes disseram à Reuters no mês ado que o governo estuda limitar as taxas cobradas por empresas de tíquete alimentação dos restaurantes e supermercados e reduzir o prazo de liquidação das transações para diminuir os custos de intermediação no bilionário mercado de vale-refeição, cuja abertura legal vem sendo postergada.
(Por Victor Borges)
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