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      “Papa fez Lula voltar a ter esperança na prisão”, diz Janja

      Papa Francisco foi consolo e farol de esperança para Lula na prisão, revela Janja

      Presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante encontro o papa Francisco, no Hotel Borgo Egnazia, em Puglia, Itália (Foto: Ricardo Stuckert / PR)
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      247 - A primeira-dama, Rosângela da Silva, a Janja, concedeu uma entrevista emocionante à colunista Mônica Bergamo, da Folha de S.Paulo, na qual compartilhou memórias marcantes sobre a relação entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o papa Francisco. O líder da Igreja Católica faleceu nesta segunda-feira (21), deixando uma lacuna espiritual e política para milhões de iradores ao redor do mundo. Janja revelou que o pontífice foi um dos principais apoios de Lula durante o período em que esteve preso, especialmente após a morte de seu neto Arthur, de apenas sete anos.

      “Ele [Lula] decidiu escrever ao líder espiritual”, relatou Janja, visivelmente emocionada. A resposta do papa veio rapidamente, em forma de acolhimento e fé. “Foi a mensagem para [Lula] saber ‘Deus está contigo’”, contou ela, acrescentando que aquele gesto renovou a esperança do presidente num dos momentos mais difíceis de sua vida.

      Ao recordar uma das conversas que teve com o papa, Janja relatou uma frase que a marcou profundamente. “Ele pegou minha mão e disse: ‘a gente só pode olhar de cima para baixo quando está ajudando alguém a se levantar’”. Para ela, o simbolismo desse ensinamento é algo que carrega até hoje em sua vida pública.

      A notícia da morte do pontífice chegou ao Palácio da Alvorada no feriado, logo nas primeiras horas da manhã. “Eu não consegui segurar as lágrimas. O meu marido fica olhando para mim porque eu começo a falar e choro”, contou Janja. Ainda abalada, ela revelou que ambos rezaram pela memória do papa logo no dia seguinte: “Ele não era só um guia espiritual, era um líder mundial”.

      A primeira-dama também abordou o impacto que a violência nas redes sociais. Após postar uma imagem do papa Francisco rezando, foi surpreendida com mensagens de ódio e até desejos de morte dirigidos ao pontífice. “Eu falei: ‘não’. Não dá”, desabafou. “Fechei o Instagram. Fechei para comentários e para novos seguidores. Precisamos de um ambiente saudável.”

      Ela destacou ainda o engajamento do papa Francisco com a paz e a justiça social, mencionando o discurso de Páscoa em que ele falou sobre a situação em Gaza. “A gente precisa honrar esse legado do papa Francisco e seguir na luta por um mundo mais solidário. É isso o que precisamos levar para dentro dos nossos corações”, afirmou. Ela relembrou que, durante a reunião do G7 em junho de 2024, vestiu um casaco bordado por artesãs palestinas — presente recebido na embaixada da Palestina em Brasília — como símbolo de resistência e denúncia do genocídio na Faixa de Gaza. 

      Em outro momento tocante da entrevista, Janja falou sobre a pandemia e a última imagem que guarda de sua mãe, vítima da Covid-19. Ela relembrou a cena do papa sozinho na Praça São Pedro, no Vaticano, concedendo a bênção “Urbi et Orbi” em março de 2020, como símbolo da dor coletiva daquele período. “Talvez porque a minha mãe morreu de Covid. Apesar de a praça estar vazia, milhões estavam ali com ele em oração”, disse, entre lágrimas. “As pessoas que morreram naquele momento partiram sem que a família pudesse se despedir.”

      A primeira-dama também fez críticas duras ao negacionismo e à desumanização que ainda persistem no debate público sobre a pandemia. “Ser obrigada a ficar no mesmo espaço com essas pessoas [que negam a gravidade da pandemia], para mim, é uma profunda falta de respeito à memória da minha mãe e às de milhares que morreram”, afirmou.

      Ao final da conversa, Janja refletiu sobre o simbolismo do papa e sobre como tenta carregar, no dia a dia, os valores que ele pregava: empatia, paciência, solidariedade e resistência. “O lugar em que eu estou hoje também exige um pouco dessa paciência, compreensão e tranquilidade.”

      A entrevista, marcada por emoção e firmeza, revela não apenas a dimensão espiritual do legado de Francisco, mas também seu impacto direto nas trajetórias humanas e políticas que tocou — como a de Lula e sua família. Para Janja, o papa foi mais que um líder religioso: foi um porto seguro em meio à tempestade.

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