Petrobras sinaliza início de limpeza de sonda para perfuração na Margem Equatorial e aguarda posição do Ibama
Estatal espera resposta do órgão ambiental até o dia 15 de maio
247 - A Petrobras informou ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) que a sonda ODN II já está posicionada na Baía de Guanabara para o início de uma etapa de limpeza. A movimentação faz parte do processo preparatório para uma futura perfuração na chamada Margem Equatorial, aguardando ainda autorização do órgão ambiental. As informações são da agência Reuters.
Há anos a estatal busca a liberação do Ibama para abrir um poço em águas ultraprofundas na costa do Amapá, numa área onde o governo enxerga potencial para o surgimento de “um novo pré-sal”. A resistência ao empreendimento, no entanto, tem sido grande, especialmente por conta dos impactos socioambientais que a exploração pode causar na região.
Em carta enviada em 30 de abril ao presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho, a gerente-geral de Licenciamento e Meio Ambiente da Petrobras, Daniele Lomba, solicita que o órgão se manifeste positivamente até o dia 15 de maio para que a empresa possa dar início aos preparativos.
A limpeza da sonda — operação considerada essencial para evitar riscos de contaminação da fauna marinha — está sendo realizada de forma manual. No entanto, o documento obtido pela Reuters não apresenta justificativas específicas para o prazo solicitado pela companhia.
O Ministério de Minas e Energia já havia sinalizado que, sem a autorização do Ibama para a simulação de um cenário de emergência e vazamento ainda em abril, a contratação da sonda poderia ser encerrada por perda de validade contratual. Esse simulado é uma das exigências antes da emissão do aval definitivo para a perfuração.
Além do pedido de manifestação até 15 de maio, a Petrobras também reforçou outra solicitação feita anteriormente para a realização de uma vistoria do Ibama na Unidade de Estabilização de Fauna do Oiapoque (AP), instalação já licenciada pelo órgão ambiental estadual e com Licença de Operação válida. A unidade faz parte das condições para que o Ibama conceda o licenciamento completo para a operação na Margem Equatorial.
Procurado pela reportagem, o Ibama não se manifestou até o momento.
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