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      Caso Luighi: Palmeiras critica punição da Conmebol ao Cerro Porteño e cobra medidas mais severas contra racismo

      Clube considera sanções "brandas e inócuas" e promete levar o caso às instâncias máximas do futebol mundial para combater a discriminação no esporte

      Meia Luighi do Palmeiras em entrevista coletiva após sofrer racismo em campo (Foto: Reprodução/Sport TV)
      Camila França avatar
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      247 - O Palmeiras manifestou forte discordância em relação às punições aplicadas pela Conmebol ao Cerro Porteño pelo caso de racismo ocorrido na partida entre as equipes pela Copa Libertadores Sub-20. A entidade sul-americana impôs ao clube paraguaio uma multa de 50 mil dólares (cerca de R$ 288 mil) e a realização de jogos com portões fechados, decisão que o time paulista classificou como "extremamente branda".

      A manifestação do Palmeiras, divulgada em nota oficial, foi destacada pelo jornal O Globo, que repercutiu a insatisfação do clube diante da postura da Conmebol. No documento, o clube afirma que as punições são “penas inócuas diante da gravidade dos fatos ocorridos e, portanto, insuficientes para combater os reiterados casos de discriminação racial no futebol sul-americano”. O Palmeiras reforçou ainda que levará o caso às instâncias superiores do futebol mundial para garantir uma punição mais severa, visando transformar o ambiente esportivo em um espaço de "tolerância zero ao racismo".

      A presidente do clube, Leila Pereira, chegou a solicitar a exclusão do Cerro Porteño da competição, mas o pedido não foi acatado pela entidade.

      Entenda o caso

      O episódio ocorreu na última quinta-feira (6), durante a partida entre Palmeiras e Cerro Porteño, disputada no estádio Gunther Vogel, em Assunção. Durante o jogo, um torcedor paraguaio, que segurava uma criança no colo, foi flagrado pelas câmeras de transmissão imitando um macaco em direção ao jogador brasileiro Figueiredo, que deixava o campo para ser substituído.

      O atacante Luighi também foi alvo de insultos racistas ao sair de campo. Ele relatou ao árbitro que havia sido chamado de "macaco", o que levou a uma breve paralisação da partida. Visivelmente abalado, o jogador de 18 anos chorou no banco de reservas e desabafou durante a entrevista pós-jogo.

      “Vocês não vão me perguntar sobre o ato de racismo que ocorreu hoje comigo? É sério? Até quando vamos ar por isso? Me fala, até quando? O que fizeram comigo é crime, não vai perguntar sobre isso?”, questionou Luighi, dirigindo-se ao repórter da transmissão oficial da Conmebol.

      “Vai me perguntar sobre o jogo? A Conmebol vai fazer o que sobre isso? Ou a CBF, sei lá. Você não ia perguntar sobre isso né? Não ia. É um crime o que ocorreu hoje. Isso aqui é formação, estamos aqui para aprender”, completou o jovem atacante.

      Nota oficial do Palmeiras

      No comunicado oficial, o Palmeiras reforçou sua indignação com a postura da Conmebol e criticou a falta de punições exemplares para casos recorrentes de racismo no futebol.

      "Com exceção da medida educativa adotada (campanha antirracista nas redes sociais do clube infrator), tratam-se de penas inócuas diante da gravidade dos fatos ocorridos e, portanto, insuficientes para combater os reiterados casos de discriminação racial no futebol sul-americano. As sanções ao Cerro Porteño, em vez de servirem ao propósito de coibir um problema seríssimo, na prática demonstram a conivência das entidades com um crime que vem se repetindo incessantemente, bem como a falência de um sistema penal incapaz de punir com o rigor necessário os crimes de racismo cometidos dentro de campo e nas arquibancadas."

      O clube encerrou a nota reforçando que levará o caso adiante:

      "O Palmeiras reitera que acionará as entidades máximas do futebol mundial e levará o episódio às últimas instâncias para que o futebol sul-americano possa, enfim, tornar-se um ambiente de tolerância zero ao racismo. As lágrimas do atacante Luighi não serão em vão!"

      Leia a nota do Palmeiras na íntegra:

      "A Sociedade Esportiva Palmeiras discorda com veemência das punições extremamente brandas aplicadas pela CONMEBOL ao Cerro Porteño-PAR em razão dos ataques racistas sofridos por nossos atletas em jogo disputado pela Libertadores Sub-20, na quinta-feira (6), em Assunção, no Paraguai.

      Com exceção da medida educativa adotada (campanha antirracista nas redes sociais do clube infrator), tratam-se de penas inócuas diante da gravidade dos fatos ocorridos e, portanto, insuficientes para combater os reiterados casos de discriminação racial no futebol sul-americano.

      As sanções ao Cerro Porteño, em vez de servirem ao propósito de coibir um problema seríssimo, na prática demonstram a conivência das entidades com um crime que vem se repetindo incessantemente, bem como a falência de um sistema penal incapaz de punir com o rigor necessário os crimes de racismo cometidos dentro de campo e nas arquibancadas.

      O Palmeiras reitera que acionará as entidades máximas do futebol mundial e levará o episódio às últimas instâncias para que o futebol sul-americano possa, enfim, tornar-se um ambiente de tolerância zero ao racismo.

      As lágrimas do atacante Luighi não serão em vão!"

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