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      Em 100 dias, Trump provoca caos e abala a ordem mundial

      De volta à Casa Branca, presidente dos EUA adota postura ainda mais radical, isola aliados históricos e aproxima adversários, ampliando tensões globais

      Presidente dos EUA, Donald Trump - 17/04/2025 (Foto: REUTERS/Evelyn Hockstein)
      Redação Brasil 247 avatar
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      247 – Em apenas 100 dias de seu segundo mandato, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, mergulhou o mundo em uma nova era de instabilidade. Apostando em uma versão ainda mais extrema da agenda "America First", Trump lançou guerras tarifárias, desfez alianças históricas, exaltou rivais geopolíticos e reacendeu ambições expansionistas. A reportagem original da Reuters, baseada em entrevistas com autoridades, diplomatas e analistas em Washington e ao redor do mundo, revela um cenário de ruptura crescente e incerteza sobre o futuro da ordem global.

      Elliott Abrams, veterano das istrações Ronald Reagan e George W. Bush e enviado especial no primeiro mandato de Trump, itiu sua surpresa: "Trump está muito mais radical agora do que há oito anos. Estou surpreso."

      Uma política externa de confrontos e incertezas

      A radicalização da política externa norte-americana já produz efeitos práticos. Países europeus aceleram planos para fortalecer suas indústrias de defesa, a Coreia do Sul discute a construção de um arsenal nuclear próprio, e cresce o movimento de aproximação de parceiros tradicionais dos EUA com a China, tanto econômica quanto estrategicamente.

      "Estamos vendo uma enorme disrupção nos assuntos globais. Ninguém sabe ao certo o que esperar agora," disse Dennis Ross, ex-negociador do Oriente Médio para governos democratas e republicanos.

      Segundo a reportagem, muitos analistas alertam que, ainda que um futuro presidente mais tradicional assuma em 2028, parte dos danos já será irreversível.

      Guerras tarifárias e retórica expansionista

      A Casa Branca rejeita as acusações de que Trump esteja isolando os Estados Unidos. Em nota oficial, o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional, Brian Hughes, defendeu que o presidente "está agindo rapidamente para resolver conflitos, proteger trabalhadores americanos e garantir a segurança nacional."

      Apesar disso, as ações de Trump têm gerado desconfiança mundial. Sua política de tarifas elevadas desestabilizou mercados, depreciou o dólar e aumentou o risco de recessão global. Além disso, sua retórica expansionista — sugerindo a anexação da Groenlândia, a incorporação do Canadá como 51º estado e a retomada do Canal do Panamá — provocou perplexidade em líderes aliados.

      A primeira-ministra da Dinamarca, Mette Frederiksen, criticou duramente as ameaças de anexação: "Quando somos pressionados e ameaçados por nosso aliado mais próximo, o que devemos pensar sobre o país que iramos há tantos anos"> if (googletag && googletag.apiReady) { googletag.cmd.push(() => { googletag.display(id); }); }

      Aliados históricos repensam alianças

      O impacto das decisões de Trump já altera a geopolítica. A União Europeia prepara tarifas retaliatórias. Alemanha e França discutem investimentos em defesa própria. O Canadá, ressentido com a nova postura americana, intensifica seus laços econômicos e de segurança com a Europa.

      Na Ásia, Coreia do Sul e Japão tentam se adaptar às ameaças de retirada de tropas americanas e à imprevisibilidade comercial. O vácuo deixado pelos Estados Unidos impulsiona a China, que se apresenta como alternativa confiável a países descontentes com Washington.

      Em abril, o primeiro-ministro espanhol Pedro Sánchez encontrou-se com Xi Jinping para discutir a ampliação da cooperação econômica, simbolizando essa nova dinâmica global.

      O futuro da liderança americana

      Aaron David Miller, ex-diplomata dos EUA e hoje membro do Carnegie Endowment for International Peace, alerta: "O que está acontecendo ainda não ultraou o ponto de não retorno. Mas os danos às relações com aliados e os ganhos para adversários podem ser incalculáveis."

      Enquanto Donald Trump insiste em sua visão de um mundo centrado nos interesses americanos, cresce o temor de que a ordem internacional erguida ao longo de oito décadas esteja sendo desmantelada — e que seus efeitos persistam muito além de seu tempo na Casa Branca.

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