window.dataLayer = window.dataLayer || []; window.dataLayer.push({ 'event': 'author_view', 'author': 'Luis Mauro Filho', 'page_url': '/mundo/fundador-de-grupo-paramilitar-chega-a-acordo-com-o-congo-democratico-para-ajudar-a-garantir-riqueza-mineral' });
TV 247 logo
      HOME > Mundo

      Fundador de grupo paramilitar dos EUA chega a acordo com o Congo Democrático para garantir o à riqueza mineral

      Erik Prince atuará para aumentar arrecadação e conter contrabando de minerais enquanto EUA negociam parceria mais ampla com governo congolês

      Erik Prince chega para o New York Young Republican Club Gala na cidade de Nova York, Nova York, EUA (Foto: REUTERS/Jeenah Moon)
      Luis Mauro Filho avatar
      Conteúdo postado por:

      Reuters - O proeminente apoiador do governo norte-americano de Donald Trump, Erik Prince, concordou em ajudar a República Democrática do Congo a proteger e taxar sua vasta riqueza mineral, de acordo com duas fontes próximas ao executivo de segurança privada, um funcionário do governo congolês e dois diplomatas.

      As discussões atuais sobre a implementação do acordo com Prince ocorrem no momento em que os EUA e o Congo exploram um acordo mais amplo sobre parcerias em minerais essenciais, depois que o Congo apresentou um acordo de minerais em troca de segurança ao governo do presidente dos EUA, Donald Trump .

      Prince fundou a Blackwater, empresa paramilitar, antes de renomear a empresa militar privada e vendê-la em 2010, após vários funcionários serem indiciados por assassinatos ilegais de civis iraquianos. Os homens foram condenados, mas posteriormente perdoados por Trump durante seu primeiro mandato.

      O governo Trump não disse como os EUA poderiam contribuir para a segurança no Congo como parte de qualquer acordo sobre minerais. Analistas e ex-funcionários americanos disseram que recorrer a empresas de segurança como Prince poderia ser uma opção.

      Uma fonte do governo congolês disse à Reuters que qualquer acordo entre o Congo e Prince precisaria ser revisto à luz da pressão por um acordo com os EUA.

      O acordo de segurança foi firmado com o Ministério das Finanças, e os assessores de Prince se concentrarão em melhorar a arrecadação de impostos e reduzir o contrabando transfronteiriço de minerais, disseram as duas fontes próximas a Prince. Não havia planos para enviar agentes de segurança para áreas de conflito ativo, disseram as fontes.

      Prince se recusou a comentar por meio de um porta-voz. A presidência do Congo não respondeu a um pedido de comentário. O Departamento de Estado dos EUA também não quis comentar.

      Fonte confirma foco inicial nas minas de cobre

      A República Democrática do Congo tem vastas reservas de cobre, cobalto, lítio e coltan — um mineral amplamente utilizado em smartphones, computadores e veículos elétricos — mas tem sido assolada há décadas pela violência em sua região oriental.

      O acordo entre o Congo e Prince envolvia inicialmente um plano para enviar empreiteiros para Goma, capital da província de Kivu do Norte e a maior cidade do leste do Congo. Mas Goma está agora sob controle do M23 e esse plano foi suspenso. O M23 controla áreas ricas em minerais.

      Uma fonte próxima ao governo congolês disse à Reuters que o destacamento inicial dos conselheiros de Prince deveria começar no sul, longe da área controlada pelo M23 e seus aliados.

      "Se você olhar apenas para Katanga, se você olhar para Kolwezi, perto da fronteira entre a Zâmbia e o Congo, eles alegam que há cerca de US$ 40 milhões por mês em receitas perdidas no que sai e no que entra", disse a fonte.

      Uma fonte diplomática também disse à Reuters que a primeira etapa do esforço de Prince no Congo se concentraria em garantir minas e receitas fiscais na província produtora de cobre de Katanga.

      Uma das fontes próximas a Prince disse que os consultores deveriam ser mobilizados com especialistas técnicos de uma empresa especializada em testes e inspeção de commodities. Inicialmente, os consultores teriam como alvo minas maiores e se expandiriam conforme a arrecadação de receitas melhorasse.

      A fonte não forneceu detalhes sobre como os consultores combateriam a corrupção no setor, que há muito tempo drena receitas que, de outra forma, seriam destinadas ao estado.

      Uma fonte no gabinete do presidente congolês Felix Tshisekedi disse que um acordo em princípio foi assinado com Prince, mas os detalhes sobre onde e quantos conselheiros seriam mobilizados ainda precisam ser estabelecidos.

      História de trabalhos na África

      Erick Prince trabalha na África há mais de uma década, inicialmente fornecendo logística para empresas de petróleo e mineração que atuavam em cantos remotos do continente.

      Várias empresas controladas por Prince operam no Congo desde 2015. Elas atuam no transporte rodoviário e também buscam atuar no setor de minerais.

      As duas fontes próximas a Prince disseram que o novo acordo foi resultado de anos de negociações sobre como melhorar o controle do Congo sobre seus recursos minerais.

      Prince propôs anteriormente o envio de milhares de empreiteiros para a região leste durante negociações com Kinshasa em 2023, informou um de especialistas da ONU naquele ano. Essas discussões não levaram a um acordo.

      O Congo há muito acusa Ruanda de saquear minerais da região, uma alegação apoiada por entidades independentes, incluindo as Nações Unidas e a organização sem fins lucrativos Global Witness. Ruanda nega.

      Essa perda de receita de mineração é uma das principais preocupações que a equipe de Prince tentará resolver, disse uma das fontes próximas.

      O objetivo é garantir "que as indústrias de extração e outras estejam operando de forma transparente e que sua produção e receitas sejam distribuídas adequadamente, de acordo com o código de mineração congolês", disse a fonte.

      As Nações Unidas e governos ocidentais dizem que Ruanda forneceu armas e tropas ao M23 liderado pela etnia tutsi.

      Ruanda negou apoiar o M23. Afirma que suas forças armadas agiram em legítima defesa contra o exército do Congo e uma milícia ruandesa que opera no leste do Congo e foi fundada por perpetradores do genocídio ruandês.

      Reportagem de Jessica Donati e Sonia Rolley; Edição de Robbie Corey-Boulet e Alison Williams

      ❗ Se você tem algum posicionamento a acrescentar nesta matéria ou alguma correção a fazer, entre em contato com [email protected].

      ✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no Telegram do 247 e no canal do 247 no WhatsApp.

      Rumo ao tri: Brasil 247 concorre ao Prêmio iBest 2025 e jornalistas da equipe também disputam categorias

      Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:

      Cortes 247

      Relacionados