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      Montadoras alertam para risco de paralisação por escassez de ímãs de terras raras da China

      Fabricantes de veículos afirmam que restrições chinesas podem interromper produção em poucas semanas e pressionam governo Trump por resposta

      Arquivo. Trabalhadores da montagem da General Motors conectam uma bateria sob um veículo Chevrolet Bolt EV 2018 parcialmente montado na linha de montagem da Orion Assembly em Lake Orion, Michigan, EUA, 19 de março de 2018. (Foto: REUTERS/Rebecca Cook/Foto de arquivo)
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      247 - Executivos das principais montadoras globais alertaram o governo dos Estados Unidos para o risco iminente de interrupção nas linhas de montagem de veículos em razão das restrições impostas pela China às exportações de ímãs de terras raras.

      A informação foi publicada pela agência Reuters, com base em carta enviada em 9 de maio à istração do presidente Donald Trump.

      No documento, a Aliança para Inovação Automotiva — que representa gigantes como General Motors, Toyota, Volkswagen e Hyundai — e a associação MEMA, que congrega fornecedores do setor, expressam “profunda preocupação” com a escassez desses componentes.

      “Sem o confiável a esses elementos e ímãs, os fornecedores automotivos não poderão fabricar componentes essenciais”, escreveram as entidades, listando entre eles “motores de limpadores de para-brisa, sensores de freio ABS, alternadores, transmissões automáticas, sistemas de direção elétrica, câmeras, alto-falantes e cintos de segurança”.

      Segundo os representantes da indústria, a consequência pode ser imediata: “Em casos graves, isso pode incluir a necessidade de reduzir volumes de produção ou até a paralisação de linhas de montagem”, advertiram.

      Em entrevista à Reuters, os presidentes das duas associações, John Bozzella (Aliança) e Bill Long (MEMA), reforçaram que o problema persiste. Ambos agradeceram o “envolvimento direto da istração Trump” e destacaram a atuação de autoridades como o secretário do Tesouro, Scott Bessent, e o representante de comércio dos EUA, Jamieson Greer, que abordaram o tema em negociações recentes com representantes chineses, realizadas em Genebra.

      No entanto, a solução ainda parece distante. Em declaração à emissora CNBC, Greer afirmou que Pequim concordou em suspender as restrições, mas não está cumprindo o prometido. “Ainda não vimos o fluxo desses minerais críticos como deveria estar ocorrendo”, afirmou.

      A China domina mais de 90% da capacidade global de refino dos ímãs permanentes usados em setores estratégicos, como indústria automotiva, aviação militar e eletrodomésticos. Desde abril, o governo chinês ou a exigir que empresas obtenham licenças específicas para exportar esses itens. O novo processo, considerado opaco e excessivamente burocrático, exige documentação extensa — em alguns casos, centenas de páginas.

      O impacto foi imediato. As exportações de ímãs de terras raras da China caíram pela metade em abril, de acordo com dados citados pela Reuters. A alemã Bosch, uma das maiores fornecedoras de autopeças do mundo, relatou que seus fornecedores enfrentam entraves significativos. Um porta-voz da empresa classificou os trâmites como “complexos e demorados”.

      A escassez também atinge outros países: montadoras indianas afirmaram que, sem a obtenção das licenças nas próximas semanas, terão de interromper a produção a partir de junho. Algumas poucas autorizações já foram concedidas, incluindo a fornecedores da Volkswagen, mas a lentidão do processo tem gerado crescente frustração entre os setores afetados.

      Na última sexta-feira, o presidente Donald Trump acusou a China de “violar totalmente” o acordo firmado neste mês, que previa a suspensão temporária de tarifas e outras barreiras comerciais. Em publicação na rede Truth Social, ele escreveu: “A China, talvez sem surpresa para alguns, VIOLOU TOTALMENTE SEU ACORDO CONOSCO”.

      Em resposta, a embaixada chinesa em Washington rebateu a acusação e afirmou que os Estados Unidos estão abusando de controles de exportação, especialmente no setor de semicondutores. Fontes do governo americano disseram à Reuters que as tratativas de Genebra abordaram apenas tarifas e contramedidas não tarifárias da China, não incluindo as restrições dos EUA a exportações sensíveis.

      O ime deve ampliar as tensões comerciais entre Washington e Pequim, que há anos travam disputas por cadeias produtivas estratégicas. Caso a liberação das licenças não seja agilizada, autoridades americanas já cogitam adotar retaliações, sobretudo se montadoras forem forçadas a interromper sua produção por falta de materiais críticos.

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