Secretário de Trump ameaça sancionar Alexandre de Moraes: "grande possibilidade"
Presidente dos EUA, Trump é aliado de Jair Bolsonaro, réu no inquérito do golpe, de relatoria de Moraes no STF
247 - O secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, afirmou nesta quarta-feira (21) que existe “grande possibilidade” de o governo Donald Trump (Partido Republicano) sancionar o ministro do Supremo Tribunal Federal do Brasil Alexandre de Moraes. Ao Senado norte-americano, o dirigente confirmou estar “sob revisão” algumas medidas usando a Lei Magnitsky, que permite sanções contra autoridades. O presidente norte-americano é aliado de Jair Bolsonaro (PL), réu no inquérito da trama golpista que está sob a relatoria do magistrado na Corte brasileira.
As declarações feitas pelo secretário confirmam a gravidade das articulações da extrema-direita em nível global, tendo como uma de suas propostas a interferência no Poder Judiciário de outro país. Em 2025, aliados da família Bolsonaro foram aos EUA estreitar as negociações com o governo trumpista.
No STF, o ministro Alexandre de Moraes é o relator do inquérito da trama golpista. Bolsonaro e seus aliados são réus nessa investigação e podem ser presos. Investigadores também apontaram que os envolvidos no plano de ruptura institucional chegaram a discutir a possibilidade de assassinatos do magistrado do Supremo, do presidente Lula (PT) e do vice Geraldo Alckmin (PSB).

Em 2025, o presidente dos EUA, Donald Trump, tentou uma investida contra o ministro do STF, mas a Justiça norte-americana rejeitou um pedido de liminar apresentado pela plataforma de vídeos Rumble e pela Trump Media & Technology Group contra o juiz. As empresas buscavam uma decisão que as isentasse de cumprir determinações do magistrado brasileiro, que incluíam a remoção de contas de um apoiador de Bolsonaro de suas plataformas.
As articulações golpistas da extrema-direita contam com o estrategista norte-americano Steve Bannon, que tentou na última década fazer partidos de direita chegarem ao poder nos EUA e em outros países. Em janeiro de 2021, quando Trump perdeu a eleição, vários apoiadores invadiram o Legislativo e acusaram o sistema eleitoral de ser fraudulento, uma tentativa de golpe.
Em 2022, Bannon teve um encontro com o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) nos EUA e aconselhou o parlamentar a questionar o resultado.
Em 2023, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) condenou Bolsonaro à inelegibilidade. O motivo foram declarações golpistas no ano anterior, quando ele fez uma acusação sem provas e afirmou a embaixadores, em Brasília (DF), que o sistema eleitoral brasileiro não tem segurança contra fraudes.
Além do inquérito da trama golpista, que chegou ao STF, a Polícia Federal havia indiciado Bolsonaro em outras duas investigações - compra e venda ilegal de joias, e fraudes em cartões de vacinação.
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