Totalmente perdido, Moro diz que a “Ucrânia luta pelo mundo livre”
Depois de Zelensky ser humilhado por Trump, que não quer mais usar a Ucrânia como peça de um conflito contra a Rússia, Moro tenta falar do que não entende
247 - O senador e ex-juiz parcial Sergio Moro (União-PR) voltou a tentar se posicionar sobre geopolítica internacional neste sábado (1), defendendo a Ucrânia em uma postagem nas redes sociais. “Lula nunca apoiou a Ucrânia. Sempre foi a favor da Rússia. Não tem moral para falar nada. A Ucrânia luta pelo mundo livre e contra uma guerra de conquista e isto está acima de quaisquer relações pessoais. Precisa do apoio de todos”, escreveu Moro.
A declaração vem em um momento delicado para o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, que perdeu um de seus principais aliados políticos no Ocidente: os Estados Unidos. O presidente norte-americano, Donald Trump, deixou claro que não pretende mais usar a Ucrânia como peça de um conflito contra a Rússia e indicou que reduzirá drasticamente o apoio militar e financeiro ao governo de Kiev.
O comentário de Moro ignora essa mudança de postura dos aliados da Ucrânia e revela uma visão superficial do conflito. Mesmo dentro dos Estados Unidos e da União Europeia, a continuidade do apoio ir ao governo Zelensky tem sido questionada, diante dos custos financeiros e do impacto político para os países ocidentais.
Além disso, a acusação de que o presidente Lula (PT) “sempre foi a favor da Rússia” desconsidera a posição do Brasil na política externa. Desde o início da guerra, o governo brasileiro tem buscado uma postura de neutralidade e defesa da paz, condenando a invasão russa ao território ucraniano e, por outro lado, recusando-se a fornecer armamento para Kiev e defendendo negociações diplomáticas. A postura é alinhada à tradição do Itamaraty de não se envolver diretamente em conflitos externos.
Moro, que tem dificuldades para se firmar politicamente após sua agem pelo governo Bolsonaro e sua tentativa frustrada de se tornar candidato à Presidência, parece buscar protagonismo em debates internacionais sem demonstrar real conhecimento sobre os temas.
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