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      União Europeia e Reino Unido selam acordo militar provisório às vésperas de cúpula bilateral

      Entendimento abre caminho para participação britânica em contratos de defesa da UE e marca reaproximação desde o Brexit

      Reino Unido e UE mantêm entendimentos para acordo abrangente (Foto: Reuters/Carlos Jasso )
      José Reinaldo avatar
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      247 - A União Europeia e o Reino Unido chegaram a um entendimento provisório sobre temas sensíveis como defesa, segurança, mobilidade juvenil e pesca, em um gesto diplomático que prenuncia uma reaproximação significativa entre Londres e Bruxelas desde a saída britânica do bloco europeu, o chamado Brexit. A informação foi divulgada pela Reuters, com base em declarações de autoridades europeias na capital belga.

      O acordo, anunciado horas antes da cúpula bilateral marcada para esta segunda-feira (19), está sendo submetido à aprovação formal dos 27 Estados-membros da UE, o que, segundo fontes diplomáticas, não deve enfrentar obstáculos. “Pelo que entendi, todos os Estados-membros parecem estar satisfeitos com o que está sendo colocado sobre a mesa, já que a cúpula está prestes a começar. Há um procedimento escrito em andamento para obter o acordo formal de todos os Estados-membros, mas isso não deve causar nenhum problema”, afirmou um diplomata da UE sob condição de anonimato.

      A reunião entre o primeiro-ministro britânico Keir Starmer, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e o presidente do Conselho Europeu, Antonio Costa, ocorrerá ainda nesta segunda-feira. Trata-se do encontro de mais alto nível desde que o Reino Unido formalizou sua saída da UE, em janeiro de 2020, e simboliza uma tentativa concreta de reconstruir pontes institucionais e econômicas com o continente.

      O novo entendimento permitirá, entre outros pontos, que empresas britânicas voltem a participar de grandes contratos de defesa europeus — um setor do qual o Reino Unido havia sido progressivamente excluído após o Brexit. Para Bruxelas, a medida representa um ganho estratégico diante do atual contexto geopolítico, marcado por tensões globais e pela necessidade de reforçar a cooperação europeia em matéria de segurança.

      "Há um acordo... sobre os diferentes textos e aspectos paralelos da Cúpula UE-Reino Unido", confirmou um diplomata à Reuters, destacando o consenso alcançado entre os negociadores nos dias que antecederam o encontro. “Com os sinais positivos vindos dos negociadores em Londres nos últimos dias e horas, o cenário está agora pronto para uma redefinição muito bem-sucedida e construtiva do relacionamento, da qual tanto a UE quanto o Reino Unido se beneficiarão”, afirmou a mesma fonte.

      Além da defesa, o novo pacto também contempla medidas para facilitar a mobilidade de jovens entre o Reino Unido e países da UE, revertendo parcialmente as restrições impostas após o Brexit que afetaram estudantes, trabalhadores e intercambistas. A inclusão do tema da pesca — outro ponto historicamente sensível nas negociações — indica disposição política de ambos os lados para encerrar pendências que marcaram a separação britânica do bloco.

      Com essa reaproximação, o governo Starmer busca não apenas reposicionar o Reino Unido no tabuleiro internacional, mas também enfrentar desafios domésticos como o baixo crescimento econômico e as pressões inflacionárias. Do lado europeu, o gesto sinaliza que, mesmo fora do bloco, o Reino Unido ainda é considerado um parceiro estratégico, sobretudo em temas como segurança, comércio e tecnologia.

      Este realinhamento bilateral ocorre em meio a um cenário internacional em transformação, com a guerra na Ucrânia, as incertezas sobre o papel dos Estados Unidos sob a presidência de Donald Trump, e as tensões no Indo-Pacífico exigindo maior coesão entre aliados europeus e atlânticos.

      A cúpula entre Londres e Bruxelas, portanto, promete ser mais do que um gesto simbólico: ela pode inaugurar um novo capítulo nas relações euro-britânicas, marcado por pragmatismo, interesses compartilhados e a consciência de que, mesmo separados institucionalmente, Reino Unido e União Europeia ainda têm muito a ganhar com a cooperação.

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