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      Clemente Ganz Lúcio defende pacto nacional por desenvolvimento com justiça social e sustentabilidade

      Dirigente sindical propõe diálogo permanente entre governo, empresários e trabalhadores para viabilizar transformação estrutural no Brasil

      (Foto: Log Produções)
      Redação Brasil 247 avatar
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      247 – Durante o evento promovido por Brasil 247, Agenda do Poder e BNDES, o sociólogo e assessor das centrais sindicais Clemente Ganz Lúcio destacou a urgência de um projeto nacional de desenvolvimento que promova transformação estrutural, gere justiça social e assegure sustentabilidade ambiental. Em sua fala, Clemente apontou a necessidade de um pacto de longo prazo entre governo, mercado e trabalhadores, capaz de viabilizar políticas duradouras e eficazes.

       “Nós estamos devendo ao país a possibilidade e a realização de pactuações que sejam capazes de colocar a nossa estratégia de desenvolvimento em prática no longo prazo”, afirmou.

      Um diagnóstico do mundo do trabalho

      Clemente traçou um panorama crítico do mercado de trabalho brasileiro. Segundo ele, o país conta com aproximadamente 110 milhões de pessoas na força de trabalho, das quais cerca de 40% estão na informalidade. Há ainda 20 milhões de brasileiros e brasileiras que desejam trabalhar, mas não encontram oportunidades. Apenas 11 milhões atuam na indústria — setor estratégico para o desenvolvimento nacional.

      A renda média per capita da população brasileira, segundo dados apresentados com base na paridade do poder de compra, é de US$ 3 mil por ano. Para atingir o nível da Espanha, seria necessário dobrar esse valor; para chegar à Alemanha, triplicá-lo.

       “Mantido o atual padrão de crescimento econômico, com essa base de investimento que nós estamos fazendo, nós levaríamos 23 anos para dobrar a renda média no Brasil”, alertou.

      Proposta de transformação estrutural com pacto social

      A solução, segundo Clemente, a por uma transformação estrutural sustentada por uma visão de longo prazo, construída a partir de pactuações entre governo, empresários e trabalhadores. Essas pactuações envolveriam não apenas metas econômicas, mas também políticas sociais, condições de trabalho e distribuição dos frutos do crescimento.

       “A proposta que eu quero trazer aqui em nome das centrais sindicais é que nós sejamos capazes de abrir um espaço permanente de diálogo social entre governo, empresários e trabalhadores”, propôs. “E que sejamos capazes de transformar essa visão de longo prazo em planos, políticas e projetos duradouros o suficiente para promover transformação substantiva.”

      Três propostas concretas para começar

      Clemente apresentou três iniciativas que poderiam ser adotadas de imediato para impulsionar esse processo:

      1.  Criação de um sistema nacional de formação profissional articulado entre o setor público e o privado, especialmente através do Sistema S e das escolas técnicas federais e estaduais. O objetivo seria formar uma força de trabalho capacitada para lidar com as inovações e mudanças tecnológicas.
      2.  Redirecionamento de recursos do FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador). Hoje, cerca de R$ 25 bilhões por ano são utilizados para financiar a previdência social. Clemente defende que esse montante seja revertido ao BNDES para financiar investimentos produtivos que gerem emprego e desenvolvimento.
      3.  Fortalecimento da negociação coletiva, com estímulo à celebração de acordos e convenções entre sindicatos e empresas. Esses instrumentos, segundo ele, têm valor legal e são fundamentais para assegurar segurança jurídica e promover mudanças pacíficas no mundo do trabalho.
       “Nós temos na mão o instrumento para fazer essas transformações acontecer de forma pacífica”, afirmou. “Essas inovações transformam radicalmente o mundo do trabalho [...] e vão gerar inseguranças jurídicas monumentais.”

      Um chamado à ação

      Clemente finalizou sua fala com um apelo por engajamento coletivo:

       “A forma de entendimento, de pactuação, de acordo, é aquilo que nós sabemos fazer”, concluiu. “Se combinarmos nossa força com políticas públicas pactuadas com o governo, teremos mais capacidade de transformar essas propostas em políticas de Estado.”

      A fala do dirigente sindical foi uma das mais contundentes do evento, trazendo uma perspectiva do mundo do trabalho que articula produtividade, inclusão e sustentabilidade como pilares inseparáveis de um novo projeto nacional de desenvolvimento. Assista:

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