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Preso por espancar namorada, advogado bolsonarista nunca foi PM

Embora se identifique como ex-policial militar nas redes sociais, João Neto foi desligado antes da conclusão do curso

João Francisco de Assis Neto (Foto: Reprodução/Instagram/@dr.joaoneto80)
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247 - De acordo com a Polícia Militar da Bahia, o advogado e influenciador João Francisco de Assis Neto, que foi advogado de Pablo Marçal nas eleições, sequer concluiu o curso de formação de soldado e foi expulso da corporação há 15 anos.

João Neto teve a prisão em flagrante convertida em preventiva após agredir a companheira no edifício em que vivem, no bairro de Jatiúca, em Maceió (AL).

Segundo nota da PM, o advogado foi desligado do curso após denúncia de agressão e por ter sido flagrado utilizando meios irregulares para responder a uma avaliação do curso.

"O referido advogado foi desligado há 15 anos, enquanto realizava o curso de formação de soldados. Como foi excluído antes da conclusão do curso, ele em nenhum momento trabalhou na rua como policial militar formado. O advogado em questão foi desligado do curso após denúncia de agressão e por ter sido flagrado utilizando meios irregulares para responder a uma avaliação do curso", explicou a corporação.

Vídeos de Neto nas redes sociais viralizaram nas redes sociais em que ele se diz ex- PM e conta supostas ações como policial. Ele disse, por exemplo, ter matado 28 pessoas na Bahia, 4 em Alagoas e, ainda, explicou como fazia para implantar flagrantes com o que chama de "kit flagrante" para levar inocentes à prisão.

“Eu andava com ‘kit flagrante’: droga, balança e dinheiro miúdo. Já era”, disse em entrevista. “Quantos policiais plantam drogas? Não vamos ser falsos moralistas”, justificou.

Agressão

A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) informou que investiga a conduta de João Neto, após a divulgação de vídeos que mostram ele agredindo a companheira.

Em nota, a OAB da Bahia afirma que se juntou à seção de Alagoas na apuração dos fatos. Segundo a entidade, caso sejam confirmadas as denúncias, João Neto pode perder o registro profissional.

Leia a nota da OAB na íntegra:

"A OAB Bahia e seu Tribunal de Ética e Disciplina (TED) informam que, muito embora não comentem procedimentos disciplinares em curso, em razão do sigilo que legalmente recai sobre tais processos, à luz dos fatos de amplo conhecimento público ocorridos na última segunda-feira , estabeleceram contato com a OAB Alagoas e se Tribunal de Ética e Disciplina, com o objetivo de obter informações formais sobre o ocorrido.

A partir desse diálogo institucional, o TED da OAB-BA buscará estabelecer uma conduta coordenada com o TED da OAB-AL, visando à apuração rigorosa dos fatos, com absoluto respeito ao devido processo legal, à ampla defesa e ao contraditório, conforme garantido pela Constituição Federal.

A OAB Bahia e seu Tribunal de Ética reiteram o mais veemente repúdio a toda e qualquer forma de violência praticada contra mulheres. Ademais, quando tais condutas são atribuídas a advogados ou advogadas, podem ensejar a apuração de inidoneidade moral e, se confirmadas, a exclusão dos quadros da Ordem, nos termos da Súmula 09/2019/COP do Conselho Federal da OAB.

Ao reforçar seu compromisso com a ética, a dignidade da advocacia e os direitos fundamentais da pessoa humana, a OAB-BA e seu TED reafirmam o princípio de que a ética valoriza a advocacia e é instrumento essencial para a proteção da sociedade e do prestígio da classe".

❗ Se você tem algum posicionamento a acrescentar nesta matéria ou alguma correção a fazer, entre em contato com [email protected].

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