Caso Bruna Oliveira: suspeito de matar aluna da USP é encontrado morto
Polícia investiga o caso como assassinato e tenta identificar quem o matou
247 - O principal suspeito de matar a estudante da USP Bruna Oliveira da Silva foi encontrado morto na noite de quarta-feira (23), em São Paulo. As informações foram divulgadas pela Secretaria da Segurança Pública (SSP) e publicadas pelo g1 nesta quinta-feira (24).
Esteliano José Madureira, de 43 anos, foi localizado na Avenida Morumbi, na Zona Oeste da capital, com sinais evidentes de execução e tortura. O corpo estava coberto por uma lona azul, com diversos ferimentos, tiros na nuca e as pernas amarradas com um pano branco e vermelho. A suspeita é que ele tenha sido assassinado em outro local e depois deixado na via. A Polícia Civil analisa imagens de câmeras de segurança da região para tentar identificar os autores do homicídio.
Esteliano havia sido apontado pela investigação como o homem que aparece em imagens de uma câmera de segurança perseguindo Bruna no dia 13 de abril, próximo à estação Corinthians-Itaquera do Metrô. Na mesma noite em que foi encontrado morto, a Justiça havia decretado sua prisão temporária.
Bruna, de 28 anos, desapareceu após sair da casa do namorado. Ela optou por caminhar de volta para casa, num trajeto de cerca de um quilômetro, mas seu corpo foi achado quatro dias depois, a dois quilômetros da estação de metrô. Estava seminu, com queimaduras e lesões pelo corpo. Laudos preliminares indicam fratura em uma vértebra do pescoço, sugerindo possível estrangulamento. Um saco plástico foi encontrado próximo ao corpo, e a causa oficial da morte ainda não foi confirmada.
Durante a investigação, policiais encontraram calcinhas no barraco onde Esteliano morava, levantando a hipótese de que ele possa ter feito outras vítimas. As peças, assim como um sutiã achado próximo ao corpo de Bruna, arão por perícia.
Bruna era formada em História pela USP e havia concluído o mestrado em História Social. Recentemente, foi aprovada para um segundo mestrado, em Mudança Social e Participação Política, também pela universidade. Mãe de um menino de 7 anos, era militante feminista e estudava temas ligados à violência contra a mulher.
O crime brutal gerou comoção e revolta. Em depoimento emocionado ao g1, a mãe da vítima, Simone da Silva, lamentou:
“Minha filha sempre lutou em prol do feminismo. Ela era muito contra a violência contra a mulher. Ela estudava isso e morreu exatamente como ela mais temia e como eu mais temia. E aí pergunto: Por que não fui eu? A dor seria bem menor.”
A Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) segue com a investigação para esclarecer os detalhes da morte de Bruna e identificar os responsáveis pelo assassinato do suspeito. As autoridades não descartam a possibilidade de um acerto de contas ou execução motivada por vingança.
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