Professor Elias Jabbour faz aula pública no Rio: "China: Nova Ordem Mundial e o Tarifaço de Trump"
O estudioso apresentou uma análise aprofundada da crise geopolítica que evidencia a decadência do modelo neoliberal estabelecido pelos EUA
247 - Cerca de 400 pessoas se encontraram no bairro de Laranjeiras, município do Rio de Janeiro, para uma aula pública ministrada pelo professor Elias Jabbour, docente da UERJ e presidente do Instituto Pereira os (IPP), ou Instituto Municipal de Urbanismo Pereira os (IPP), da Prefeitura Municipal do Rio de Janeiro. O evento na Praça São Salvador teve como título "China: Nova Ordem Mundial e o Tarifaço de Trump". O estudioso apresentou uma análise aprofundada da atual crise geopolítica, destacando as zonas de fratura que evidenciam a decadência do modelo neoliberal estabelecido pelos Estados Unidos.
O professor ressaltou o papel central do protecionismo na gestão do ex-presidente Donald Trump e explicou como os EUA, desde o governo de Barack Obama, vêm afetando intencionalmente o equilíbrio econômico global, contribuindo para a reconfiguração das alianças internacionais.
Um dos pontos centrais da aula foi a apresentação de evidências que apontam para uma grande tendência global: a consolidação do Sul Global como um mercado regional de crescente relevância.
O estudioso enfatizou a importância estratégica das relações entre Brasil e China — esta última, atualmente reconhecida como uma potência fundamental na configuração da nova ordem mundial que emerge a partir do Sul Global. Para ele, essa parceria é essencial para a retomada do crescimento econômico brasileiro, bem como para o fortalecimento da soberania e da projeção internacional do país.
Ao final do evento, o público teve a oportunidade de fazer perguntas, promovendo um debate rico com o professor e aprofundando a compreensão dos temas abordados.
Desde 2009, a China é o maior parceiro comercial do Brasil. Em 2023, o comércio bilateral atingiu um recorde de 157,5 bilhões de dólares, com um superávit de mais de 51 bilhões de dólares para o lado brasileiro.
De acordo com o governo brasileiro, as exportações para o país asiático superaram a soma do comércio com Estados Unidos e União Europeia, evidenciando a relevância dessa parceria. Entre os produtos mais exportados estão soja, petróleo e minério de ferro, enquanto as importações brasileiras incluem equipamentos de telecomunicação, embarcações e máquinas industriais.
No período de janeiro a abril de 2025, a China consolidou-se como o principal parceiro comercial, respondendo por 26,5% das exportações e 26,9% das importações. O saldo comercial foi positivo, com um superávit de 4,39 bilhões de dólares, resultado de exportações de 28,45 bilhões de dólares (+12,2% em relação a 2024) e importações de 24,06 bilhões de dólares (+26,1%).
Sobre o tarifaço, mencionado por Elias Jabbour, Estados Unidos e China fizeram um acordo nesta semana. De acordo com as negociações, as tarifas dos EUA sobre as importações chinesas vão baixar de 145% para 30%. As taxas do país asiático sobre os produtos americanos serão reduzidas de 125% para 10%.
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