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      Lula: "o agro virou o principal negócio do Brasil"

      Presidente celebrou na França o reconhecimento do Brasil como livre de febre aftosa sem vacinação e exaltou papel do agronegócio no crescimento do país

      Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil)
      Redação Brasil 247 avatar
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      247 - Durante cerimônia realizada na França, que marcou o reconhecimento do Brasil como país livre de febre aftosa sem vacinação, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que o agronegócio deixou de ser um setor secundário e se consolidou como "o principal negócio do Brasil". A declaração foi feita diante de autoridades e representantes do setor agropecuário, num evento simbólico para o futuro das exportações brasileiras.

      “Hoje é um dia de agradecimento. Ninguém ganha medalha de ouro por sorte. Ou a pessoa treina ou vai sair antes da final”, iniciou Lula, em tom de celebração. Em seu discurso, o presidente destacou os esforços realizados ao longo de décadas pelos pecuaristas, frigoríficos e técnicos do Ministério da Agricultura para alcançar esse patamar. Segundo ele, o reconhecimento é fruto de "60 anos de trabalho para serem reconhecidos como cidadãos de primeira categoria".

      Reconhecimento internacional e disputa por mercados - Para o presidente, o certificado simboliza mais que uma vitória sanitária. Representa a robustez do sistema de defesa agropecuária brasileiro e a capacidade do país de se projetar globalmente. “Hoje é o reconhecimento de um país que tem no agronegócio e na pecuária uma das suas mais importantes vertentes econômicas. Já não é quebra-galho trabalhar com o agronegócio. Virou o principal negócio do Brasil”, declarou.

      Lula também aproveitou o momento para reforçar a visão de um Brasil competitivo no comércio internacional. “A gente quer produzir a melhor carne, a carne mais saudável, e quer disputar os mercados do mundo inteiro, com quem quer que seja”, pontuou. O presidente mencionou ainda uma conversa ríspida com o primeiro-ministro do Japão e defendeu que os países que ainda não importam carne brasileira, como a Coreia do Sul, seguirão o exemplo do Vietnã e do próprio Japão.

      Diplomacia comercial e críticas à subvalorização do país - Ao abordar os desafios impostos por barreiras comerciais, Lula fez críticas ao tratamento internacional recebido pelo Brasil no ado. “Durante muito tempo o Brasil foi tratado como se fosse um país insignificante. Tem uma coisa que nós, brasileiros, aprendemos: ninguém respeita quem não se respeita”, disse. Ele defendeu que a única maneira de conquistar o respeito internacional é com excelência: “Não existe mais gracinha, mais possibilidade de enganar ninguém”.

      Ao mesmo tempo, destacou o comprometimento do setor agropecuário com a qualidade e o rigor exigido nos mercados internacionais. “No Brasil, o pessoal trabalha com muita seriedade, porque aprenderam que é bom ser bom, é bom exportar carne de qualidade e ganhar mercados que até outro dia pareciam só dos outros”.

      Cooperação regional e metas econômicas - Lula também reforçou o papel de liderança do Brasil na América do Sul ao alertar que a vigilância contra a febre aftosa precisa ser regional. “Temos que cuidar de nós e ajudar nossos vizinhos, porque se a gente não tiver [febre aftosa] e eles tiverem, a gente corre o risco de ter”, afirmou.

      Com projeções otimistas, Lula voltou a defender o potencial de crescimento econômico do Brasil. “Sonho que logo logo esse país vai estar sendo a 6ª economia mundial”, disse, projetando expansão do PIB acima das previsões mais cautelosas. Ele contestou análises econômicas feitas no início do ano: “Não acredito naquele discurso de ‘a economia vai crescer 0,8%, 0,1%’. O que faz as coisas acontecerem é trabalho, trabalho e trabalho”.

      Mercosul, Macron e acordos comerciais - O presidente revelou ainda uma conversa recente com Emmanuel Macron, presidente da França, sobre o acordo comercial entre a União Europeia e o Mercosul. Segundo Lula, Macron se opôs ao tratado, mas ele garantiu que pretende concluir a negociação durante sua presidência pro tempore do bloco sul-americano, que começa em julho.

      “Eu disse: ‘olha, se você tem problema com os agricultores ses, vamos conversar com eles, vamos fazer uma reunião com eles e nosso pessoal’. Sempre defendi que a relação comercial é uma via de duas mãos”, afirmou, cobrando maior equilíbrio nas trocas entre os dois países. “O que não tem explicação é um país do tamanho da França e um país do tamanho do Brasil só ter US$ 9 bilhões de fluxo comercial”.

      Agradecimentos e reconhecimento interno - Lula encerrou sua fala com agradecimentos ao ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, elogiando sua atuação e dedicação ao processo que culminou na certificação. “Com esse diploma que nós ganhamos, ele pelo menos garantiu o ministério até o começo do ano que vem”, brincou, sugerindo que Fávaro deixará o cargo para disputar nova eleição.

      Para Lula, o Brasil “veio para ficar” no cenário internacional, e a conquista do certificado reforça o papel do país como potência agrícola global: “Tenho muito orgulho do que está acontecendo com o Brasil. Precisamos trabalhar mais, produzir mais, cuidar mais, porque o Brasil não tem retorno”.

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