Miguel Díaz, presidente cubano: 'a vida extraordinária de Mujica relembra a era sombria de ditaduras apoiadas pelos EUA’
O líder da Ilha Caribenha também afirmou que o ex-presidente uruguaio teve um 'sonho não realizado, que era a integração da América Latina'
247 - O presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel Bermúdez, lembrou nesta terça-feira (13) da resistência de José Pepe Mujica à ditadura militar no Uruguai, onde o regime autoritário durou de 1973 a 1985. O ativismo do ex-presidente uruguaio lhe custou cerca de 14 anos de prisão. Foi torturado e preso quatro vezes, ferido por seis tiros e escapou da prisão em duas ocasiões.
“Nossa América lamenta a morte de Mujica. Sua vida extraordinária relembra a era sombria das ditaduras militares patrocinadas por Washington, mas também a era esperançosa do poder esquerdista e o sonho não realizado de integração. Não se esqueça”, escreveu o líder cubano.
O ex-presidente Mujica nasceu em 1935 em uma família de origem humilde, nos arredores da capital uruguaia, Montevidéu. Entrou para a política ao fundar o Movimento de Libertação Nacional Tupamaros, grupo guerrilheiro urbano que atuou nos anos 1960 e 1970, na ditadura.
Os presidentes Gabriel Boric (Chile), Luis Arce (Bolívia), Luis Abinader (República Dominicana), Bernardo Arévalo (Guatemala), Gustavo Petro (Colômbia) e Claudia Sheinbaum (México). Entre os ex-presidentes de países da América Latina que prestaram solidariedade a Mujica, estão Evo Morales (Bolívia), Cristina Kirchner (Argentina) e Alberto Fernández (Argentina).
No Brasil, prestaram homenagens ao ex-presidente uruguaio lideranças como Fernando Haddad (ministro da Fazenda), Gleisi Hoffmann (ministra-chefe da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República), deputados Rogério Correia (PT-MG), Lindbergh Farias (PT-RJ), e o presidente do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), Aloizio Mercadante.
A história da prisão de Mujica, torturado e jogado na solitária por longos anos, foi contada pelo longa-metragem Uma Noite de 12 Anos, dirigido pelo uruguaio Álvaro Brechner.
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