Folha de S. Paulo também insulta a China após viagem repleta de ganhos econômicos para o Brasil
Jornal classifica como ditadura o país que mais cresceu nas últimas décadas e retirou 800 milhões de pessoas da pobreza – ou seja, serviu ao povo
247 – Em mais um editorial marcado pela arrogância ideológica e pela submissão ao pensamento hegemônico do Ocidente, a Folha de S. Paulo ataca a China e o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ao comentar de forma distorcida e ofensiva a viagem presidencial ao gigante asiático. Com o título “Governo Lula gostaria de censurar TikTok e outras redes”, o jornal comete o mesmo erro que o Globo comete no dia de hoje: transforma um diálogo legítimo e necessário sobre a regulação das plataformas digitais em um espetáculo de preconceito, ignorância geopolítica e agressão gratuita a uma potência que tem sido essencial para o crescimento brasileiro.
A crítica da Folha parte de uma premissa falaciosa: a de que a China seria uma "ditadura repressiva" incapaz de contribuir com qualquer debate democrático. Ignora-se, de forma deliberada, que a China é o país que mais promoveu bem-estar social nas últimas décadas, tirando mais de 800 milhões de pessoas da pobreza extrema, criando uma rede robusta de serviços públicos e se transformando na segunda maior economia do mundo — prestes a ser a primeira.
Se a democracia tem como valor fundamental servir ao povo, nenhum país hoje se aproxima tanto desse ideal quanto a China. Enquanto isso, as chamadas “democracias ocidentais”, capturadas pelo sistema financeiro e controladas por corporações e oligarquias midiáticas, afundam em desigualdade, crise institucional e desilusão popular. No Ocidente, a liberdade de expressão muitas vezes se traduz em liberdade de desinformar, enquanto milhões vivem sem saúde, sem educação e sem perspectiva.
Ao criticar o gesto do presidente Lula de convidar a China para um diálogo sobre regulação digital, a Folha desconsidera os riscos reais que as plataformas impõem à juventude brasileira e à estabilidade democrática. Foi o próprio presidente quem relatou: “Perguntei ao companheiro Xi Jinping se era possível ele enviar para o Brasil uma pessoa de confiança para a gente discutir a questão digital — sobretudo o TikTok”. A resposta chinesa foi rápida, diplomática e construtiva: o TikTok enviou carta oficial ao governo brasileiro, manifestando-se disposto a cooperar.Nada mais natural. O modelo chinês de governança digital não inibiu a inovação — ao contrário do que sugere o editorial da Folha. A China é hoje lar de algumas das maiores e mais avançadas empresas de tecnologia do planeta, como Tencent, Alibaba, ByteDance, Weibo e Kwai. Essas big techs não apenas concorrem com gigantes do Vale do Silício, como constroem soluções próprias, adaptadas à realidade e às necessidades do povo chinês.
A regulação digital implementada na China, com limites para publicidade infantil, mecanismos de proteção contra conteúdo nocivo e combate à exploração de dados, não é sinônimo de censura. É soberania. É responsabilidade com o futuro. É civilização.
O editorial da Folha, ao sugerir que o PT só se incomodaria com as redes porque a oposição domina esses espaços, demonstra má-fé e analfabetismo político. O governo brasileiro não quer calar ninguém. Quer, sim, abrir um debate global — que vem sendo adiado por pressões empresariais — sobre os limites éticos do mundo digital. A presença da China nesse debate é não apenas bem-vinda, como fundamental.
O jornal ainda comete a imprudência de ridicularizar o papel de Janja, sugerindo que ela protagonizou um “incômodo” ao tocar no tema. Ao fazer isso, repete um padrão machista que se tornou rotina na cobertura de mulheres em posições de destaque. O fato é que Janja trouxe ao debate um caso concreto e trágico — o da menina Sarah Raíssa, vítima de um desafio viral no TikTok. A resposta de Xi Jinping não foi de censura ou irritação, mas de acolhimento diplomático e respeito institucional.
Ao fim, o que o editorial da Folha de S. Paulo revela é o desconforto de parte da imprensa brasileira com a autonomia crescente do Brasil na cena internacional. Lula reconstruiu pontes com potências que não aceitam subordinação a Washington e Bruxelas. E isso incomoda profundamente as viúvas da Guerra Fria, que preferem ver o Brasil ajoelhado a vê-lo liderando debates essenciais sobre o futuro da humanidade.
A verdade é que a China, com todos os seus desafios, construiu um modelo de Estado capaz de articular crescimento econômico, inovação tecnológica e proteção social. A arrogância ocidental, e em especial da imprensa brasileira, tenta esconder essa realidade porque teme que o Brasil também encontre seu próprio caminho, fora dos manuais impostos pelo capital financeiro global.
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