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      Caos e mortes marcam novo sistema de ajuda em Gaza, criticado por ONU e União Europeia

      Distribuição de alimentos promovida por Israel e EUA resulta em vítimas e é condenada por organizações humanitárias e líderes europeus

      Palestinos deslocados retornam para suas casas enquanto caminham perto de casas destruídas em um ataque israelense durante o conflito, em meio à trégua temporária entre o Hamas e Israel, em Khan Younis, no sul da Faixa de Gaza, em 24 de novembro de 2023
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      247 - A implementação de um novo sistema de distribuição de ajuda humanitária na Faixa de Gaza, coordenado por Israel e Estados Unidos por meio da Gaza Humanitarian Foundation (GHF), resultou em episódios de violência e caos, gerando críticas severas da ONU e da União Europeia. Segundo informações do The New York Times, a iniciativa, que visa contornar o envolvimento do Hamas na distribuição de suprimentos, foi marcada por tumultos e repressão militar.

      Na terça-feira, 27 de maio, milhares de palestinos famintos se aglomeraram em um centro de distribuição em Rafah, no sul de Gaza. A multidão rompeu cercas em busca de alimentos, levando as forças israelenses a dispararem tiros de advertência. De acordo com o Ministério da Saúde istrado pelo Hamas, o incidente resultou em pelo menos três mortes e 48 feridos, a maioria por disparos das forças israelenses. Vídeos do local mostram pessoas fugindo em pânico enquanto helicópteros militares lançavam sinalizadores sobre a área. 

      A ONU e diversas organizações humanitárias condenaram o novo modelo de distribuição, argumentando que ele viola princípios fundamentais de neutralidade e imparcialidade. Jonathan Whittall, chefe do Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA) nos territórios palestinos ocupados, afirmou que a tentativa de Israel de controlar a ajuda humanitária representa "um ataque à dignidade humana".

      A União Europeia também expressou preocupação com a situação. Kaja Kallas, Alta Representante da UE para os Negócios Estrangeiros, declarou que "o uso desproporcional da força e as mortes de civis são inaceitáveis" e enfatizou que a ajuda humanitária "nunca deve ser politizada ou militarizada".

      O novo sistema da GHF prevê a criação de quatro centros de distribuição no sul de Gaza, sob segurança de soldados israelenses e contratados privados dos EUA. Anteriormente, a ONU coordenava a distribuição de ajuda na região, mas Israel busca contornar essa estrutura, acusando a organização de parcialidade e de permitir que o Hamas se aproprie dos suprimentos.

      Críticos apontam que o modelo da GHF pode levar ao deslocamento forçado da população palestina, ao exigir que muitos viajem longas distâncias e em por cordões de tropas israelenses para obter ajuda. Além disso, há preocupações sobre a utilização de tecnologias de reconhecimento facial e biometria para excluir indivíduos associados ao Hamas, o que pode comprometer ainda mais a neutralidade da assistência humanitária.

      A crise humanitária em Gaza se intensifica, com relatos de fome generalizada e colapso dos serviços de saúde. Desde o início da ofensiva israelense, mais de 54 mil palestinos foram mortos, segundo o Ministério da Saúde de Gaza. A comunidade internacional continua a pressionar por um cessar-fogo e por soluções que garantam o o seguro e imparcial à ajuda humanitária para a população civil. 

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