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      EUA não vencerão a corrida tecnológica tentando sufocar a China, diz Global Times em editorial

      Jornal chinês critica medidas unilaterais de Washington contra chips da Huawei e defende cooperação tecnológica baseada na igualdade e no benefício mútuo

      Guerra dos chips entre EUA e China (Foto: Reuters)
      José Reinaldo avatar
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      247 - Em um contundente editorial publicado nesta quarta-feira (22), o jornal chinês Global Times criticou a mais recente diretriz do Departamento de Comércio dos Estados Unidos, que restringe o uso global dos chips de inteligência artificial Ascend, da Huawei. Segundo o texto, ao tentar "atrapalhar" o avanço tecnológico da China com barreiras unilaterais, Washington não apenas mina as regras do comércio internacional, como também falha em entender que o progresso não se constrói obstruindo outros.

      “A essência da política dos EUA é uma tentativa de impor sua vontade de poder doméstico no mercado global”, afirma o Global Times. O editorial aponta que os Estados Unidos visam isolar a China das cadeias globais de fornecimento de tecnologia e forçar uma dependência prolongada dos chips norte-americanos, ainda que isso implique até em proibir empresas chinesas de usar chips chineses em território chinês – o que o jornal classificou como um “flagrante desrespeito” aos direitos de desenvolvimento de mais de 1,4 bilhão de pessoas.

      A publicação destaca que essa postura dos EUA se apoia em alegações infundadas, no uso extraterritorial da lei americana e em práticas típicas de “intimidação unilateral”. Em resposta, o Ministério do Comércio da China qualificou as ações de Washington como “exageradas” e reiterou que tomará as medidas necessárias para proteger seus interesses. 

      Apesar do bloqueio, o editorial lembra que o setor de alta tecnologia chinês segue avançando com velocidade. Recentemente, a Huawei lançou oficialmente um computador com seu próprio sistema operacional, o HarmonyOS, e a Xiaomi iniciou a produção em massa de chips de 3 nanômetros. “Os bloqueios externos apenas estimulam a motivação interna e acendem o espírito de luta do desenvolvimento tecnológico chinês”, diz o texto, evocando o histórico da China em superar obstáculos, como na época do desenvolvimento das bombas atômica e de hidrogênio e na construção de satélites e redes 5G.

      O Global Times refuta também a ideia de que o desenvolvimento chinês ameaça substituir os EUA: “Afirmar que o desenvolvimento tecnológico da China visa 'substituir os EUA' é especulação infundada e ansiedade autoinfligida”. O jornal afirma que o foco de Pequim está na modernização doméstica e na melhoria das condições de vida do povo chinês, e que seus avanços beneficiam o mundo como um todo, ao oferecer mais opções e fomentar a inovação global. 

      Além de defender o direito ao desenvolvimento da China, o editorial propõe uma nova visão para a globalização tecnológica. “O desenvolvimento da China nunca foi baseado na ideia de ‘derrubar’ ninguém, mas sim convidar todos a trabalharem juntos para aumentar o bolo”, sustenta o texto, citando exemplos concretos da presença tecnológica chinesa em países africanos, no Oriente Médio e no Sudeste Asiático. Ao oferecer produtos de qualidade com preços competitivos, a China, segundo o jornal, promove um novo paradigma de crescimento conjunto e solidariedade internacional. 

      Para o Global Times, a tentativa de sufocar o avanço chinês está fadada ao fracasso, não apenas pela resiliência das empresas locais, mas também pela interdependência do setor global de semicondutores. “Máquinas de litografia holandesas, fornecedores japoneses de materiais e fabricantes americanos de chips estão profundamente conectados ao mercado chinês”, destaca o editorial, prevendo que os próprios aliados dos EUA – incluindo empresas americanas – reagirão negativamente à política de restrições unilaterais.

      O texto conclui com um apelo à racionalidade: “O sucesso não pode ser alcançado ‘atrapalhando’ os outros. Concorrência leal, cooperação aberta e benefício mútuo são o caminho certo para avançar”. Segundo o Global Times, apenas uma abordagem inclusiva e baseada na multipolaridade será capaz de garantir um futuro tecnológico justo, sustentável e vantajoso para todos os povos.

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