Exército israelense dispara tiros de advertência contra diplomatas estrangeiros na Cisjordânia
Exército israelense alega desvio de rota da Missão Internacional
247 - Tropas israelenses abriram fogo perto de uma delegação diplomática internacional que realizava uma visita ao campo de refugiados de Jenin, na Cisjordânia ocupada, na última quarta-feira (21). O incidente causou pânico entre os representantes de mais de 20 países e jornalistas que os acompanhavam. Não há registro de feridos.
As informações foram inicialmente divulgadas pela agência Anadolu, que acompanhava a missão organizada pela Autoridade Palestina. A visita tinha como objetivo inspecionar a situação humanitária em Jenin, área frequentemente alvo de incursões militares israelenses nos últimos meses.
Segundo nota oficial do exército de Israel, os tiros seriam “de advertência” e foram disparados após a delegação internacional supostamente se desviar de uma rota previamente autorizada, entrando em uma “zona de combate ativa”.
“De acordo com uma investigação inicial, a delegação desviou-se da rota aprovada e entrou em uma área onde não estava autorizada a entrar. Soldados israelenses que operavam na área dispararam tiros de advertência para distanciá-los”, justificou o comando militar israelense, lamentando o que chamou de “inconveniência causada”.
A resposta internacional, no entanto, foi imediata e veemente. A chefe da diplomacia da União Europeia, Kaja Kallas, classificou o episódio como “inaceitável” e exigiu responsabilização. França e Itália convocaram embaixadores israelenses para prestarem esclarecimentos, enquanto o Canadá cobrou uma investigação completa.
O vice-primeiro-ministro da Irlanda também criticou duramente a ação israelense, considerando-a “completamente inaceitável”. A Turquia foi além e afirmou, em comunicado oficial, que “condena veementemente os disparos de advertência contra seus diplomatas”.
O Ministério das Relações Exteriores da Autoridade Palestina afirmou que a missão diplomática estava em operação oficial e que o tiroteio representa uma “violação clara do direito internacional”. Já o Egito declarou que o ato “viola todas as normas diplomáticas”.
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