Palestina denuncia escalada de colonização israelense na Cisjordânia
Ocupantes israelenses agem com apoio oficial para deslocar comunidades, expandir assentamentos ilegais e inviabilizar a criação do Estado palestino
247 - O Conselho Nacional Palestino (CNP) denunciou neste sábado (24) a intensificação dos ataques de ocupantes israelenses na Cisjordânia, apontando tais ações como parte de uma política oficial do governo de Israel para alterar a demografia da região e apagar a identidade palestina.
Em comunicado divulgado à imprensa, o CNP condenou a “escalada sistemática de violência” promovida por ocupantes sionistas com respaldo direto das autoridades israelenses. Segundo o órgão legislativo da Organização para a Libertação da Palestina (OLP), os ataques buscam erradicar a presença palestina por meio da força e da intimidação.
O Conselho destacou o mais recente ataque à cidade de Bruqin, onde ocupantes incendiaram veículos e agrediram moradores. “O ocorrido em Bruqin não é um caso isolado, mas parte de uma campanha contínua de crimes que visam o deslocamento forçado da população palestina e a apropriação de suas terras”, advertiu o órgão.
Além da violência direta, o CNP apontou para a expansão de assentamentos ilegais, o estabelecimento de novos postos avançados, o desmatamento sistemático, o roubo de terras e gado, e o deslocamento de comunidades como instrumentos de uma política de colonização agressiva e meticulosamente planejada.
“A ocupação israelense está impondo, pela força, realidades coloniais no terreno, em flagrante violação ao direito internacional”, disse o Conselho, que classificou essas ações como “obstáculos concretos à paz”. Segundo a entidade, tais práticas “minam qualquer possibilidade de uma solução justa e abrangente para o conflito”.
Diante do agravamento da situação, o Conselho Nacional Palestino apelou à comunidade internacional para que assuma suas “responsabilidades legais e morais” no enfrentamento da ocupação. O órgão instou os países e organismos internacionais a pressionar Israel a cumprir as resoluções das Nações Unidas e a acatar as decisões do Tribunal Internacional de Justiça (TIJ) relacionadas à ocupação e aos assentamentos.
De acordo com dados oficiais palestinos, mais de 750 mil ocupantes sionistas vivem atualmente na Cisjordânia, incluindo Jerusalém Oriental — áreas reconhecidas internacionalmente como parte do território de um futuro Estado palestino. A presença desses ocupantes, incentivada por políticas israelenses de habitação e segurança, constitui uma das principais controvérsias no processo de paz e vem sendo reiteradamente condenada por resoluções do Conselho de Segurança da ONU.
Em meio à estagnação das negociações entre palestinos e israelenses, as denúncias do CNP reacendem o alerta sobre o avanço da ocupação e a urgência de medidas internacionais concretas. “O silêncio diante desses crimes equivale à cumplicidade”, concluiu o comunicado.
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