Trump alerta para crise humanitária em Gaza: “Muitas pessoas estão morrendo de fome”
Presidente dos EUA critica situação no território palestino e diz que é preciso “cuidar de Gaza”
247 - Em declarações feitas nesta sexta-feira (16), durante um fórum empresarial em Abu Dhabi, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, expressou preocupação com a situação crítica da população palestina na Faixa de Gaza. A fala do mandatário norte-americano é feita em um momento em que aumentam as denúncias sobre a iminente catástrofe humanitária no território palestino sitiado e vítima de genocídio.
“E Gaza. Preciso cuidar disso, muita gente está morrendo de fome, muita coisa ruim acontecendo”, afirmou Trump, chamando a atenção para a gravidade da crise e defendendo que a situação “precisa ser resolvida”, informa o jornal The Times of Israel.
Desde 1º de março, a entrada de ajuda humanitária em Gaza está bloqueada. Israel alega que durante o cessar-fogo de seis semanas anterior, o território teria recebido suprimentos suficientes e acusa o Hamas de confiscar parte significativa dessa ajuda. No entanto, relatórios recentes, inclusive de fontes militares israelenses, item que a situação está se agravando rapidamente e que o Gaza caminha para uma crise de fome generalizada.
Diante da pressão internacional, autoridades israelenses decidiram estabelecer uma nova logística para pôr em prática um esquema e centralizado de entrega de alimentos.
A nova logística prevê que a distribuição ocorra apenas em um pequeno número de pontos no sul de Gaza, próximos à cidade de Rafah — região já devastada por sucessivos bombardeios. Esses locais serão controlados por empreiteiros americanos, com o limitado a representantes previamente aprovados. Cada beneficiário poderá retirar alimentos somente uma vez a cada duas semanas e deverá se dirigir a uma “zona humanitária” delimitada para a retirada das caixas.
O modelo é altamente restritivo, burocrático e pode aprofundar o sofrimento dos civis ao limitar ainda mais o o a insumos básicos.
Organizações internacionais, como a ONU e entidades de direitos humanos, vêm denunciando há meses a deterioração das condições de vida em Gaza, onde hospitais estão colapsados, o abastecimento de água potável é escasso e a insegurança alimentar atinge níveis alarmantes. A falta de uma solução política para o conflito e o cerco prolongado agravam ainda mais a vulnerabilidade da população civil.
Ao manifestar preocupação com o drama humanitário, Trump — que historicamente mantém postura de apoio a Israel — sinaliza uma possível inflexão ou, ao menos, uma tentativa de reequilibrar sua imagem diante do cenário internacional, em especial entre aliados árabes da região. Seu pronunciamento ocorre também em um momento delicado da política dos EUA, com repercussões internas e externas de suas escolhas no campo da diplomacia e dos direitos humanos.
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