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      Tunísia condena opositores a penas de até 66 anos em julgamento criticado por motivação política

      Tribunal tunisiano impõe sentenças severas a críticos do presidente Kais Saied, em processo denunciado por organizações de direitos humanos

      Ahmed Nejib Chebbi, líder da Frente de Salvação Nacional, fala durante uma coletiva de imprensa em Túnis, Tunísia, em 15 de fevereiro de 2023 (Foto: REUTERS/Jihed Abidellaoui)
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      247 Em uma decisão que tem gerado ampla condenação internacional, um tribunal antiterrorista da Tunísia sentenciou 40 opositores políticos a penas que variam de 13 a 66 anos de prisão, sob acusações de conspiração contra a segurança do Estado. As informações são da agência Reuters .​

      Entre os condenados estão figuras proeminentes da oposição, como Issam Chebbi e Jawhar Ben Mbarek, membros da coalizão Frente de Salvação Nacional, além do advogado Ridha Belhaj e da ativista Chaima Issa, todos recebendo penas de 18 anos. O empresário Kamel Eltaief foi condenado à pena mais severa, de 66 anos de prisão.​

      O julgamento, iniciado em março de 2025, tem sido amplamente criticado por organizações de direitos humanos e líderes da oposição, que o consideram uma tentativa do presidente Kais Saied de consolidar o poder e silenciar vozes dissidentes. Desde que dissolveu o Parlamento em 2021 e assumiu poderes extraordinários, Saied tem sido acusado de minar as instituições democráticas do país.​

      Advogados de defesa denunciaram a falta de transparência no processo, destacando que os réus foram impedidos de comparecer pessoalmente às audiências, sendo obrigados a acompanhá-las remotamente. Seis dos detidos iniciaram uma greve de fome em protesto contra essas condições.

      ​Em carta escrita da prisão, Jawhar Ben Mbarek classificou o julgamento como uma forma de "assédio judicial" e uma tentativa de "eliminação metódica das vozes críticas".​

      Organizações como a Human Rights Watch condenaram as sentenças, afirmando que elas refletem uma regressão nos direitos civis conquistados após a revolução de 2011. A entidade destacou o uso crescente de detenções arbitrárias para reprimir a dissidência política no país.​

      A decisão do tribunal ocorre em um momento em que a União Europeia considera classificar a Tunísia como "país seguro", o que poderia limitar as possibilidades de asilo para cidadãos tunisianos. Críticos argumentam que tal medida ignora a atual repressão política e as violações de direitos humanos em curso no país.

      Com a maioria dos líderes da oposição presos ou exilados, incluindo figuras como Abir Moussi e Rached Ghannouchi, a Tunísia enfrenta um período de crescente autoritarismo, colocando em risco os avanços democráticos alcançados na última década.​​

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