Adolescente morre após comer bolo entregue com bilhete anônimo em SP
Ana Luiza chegou em casa cerca de uma hora depois e comeu o doce
247 - Uma jovem de 17 anos morreu no último domingo (1º) em Itapecerica da Serra, na Grande São Paulo, após ar mal ao comer um bolo de pote que havia sido entregue à sua residência acompanhado de um bilhete anônimo. A informação foi divulgada pela Folha de S.Paulo.
Segundo o boletim de ocorrência, a irmã de Ana Luiza de Oliveira Neves, de 18 anos, recebeu o doce em casa no sábado (31), por volta das 17h. O bolo foi entregue por um motoboy que não se identificou. Junto com o pote havia um bilhete escrito à mão com a mensagem: "Um mimo pra garota mais linda que já vi". No verso, constava o apelido "Lulu Linda".
Ana Luiza chegou em casa cerca de uma hora depois e comeu o doce. Menos de duas horas depois, por volta das 18h50, ela começou a apresentar sintomas de mal-estar. Levantando suspeita de intoxicação, o pai da adolescente a levou para um hospital particular da região, onde ela foi medicada e liberada após ser diagnosticada com intoxicação alimentar.No entanto, no domingo, o estado de saúde da jovem se agravou. Por volta das 16h, ela teve uma piora súbita e foi levada novamente ao pronto-socorro, mas já chegou à unidade sem sinais vitais. A morte foi confirmada pouco depois.
O caso foi registrado como morte suspeita na Delegacia de Itapecerica da Serra, e exames necroscópicos foram solicitados ao Instituto Médico Legal (IML) para determinar a causa exata da morte. A Polícia Civil investiga a origem do doce e a identidade da pessoa que o enviou.
A loja Menina Trufa, fabricante do bolo consumido pela jovem, negou qualquer responsabilidade pela entrega. Em nota, a empresa afirmou que o produto foi comprado diretamente em seu estabelecimento, mas por um terceiro que não se identificou como cliente de entrega.
"A Menina Trufa é a fabricante do produto, mas não foi responsável pela entrega à adolescente. Uma pessoa adquiriu o produto na loja como se fosse para consumo próprio, levando este para outro lugar que ainda é desconhecido", informou o comunicado.
O estabelecimento também afirmou que o motoboy que levou o doce até a residência da vítima não tem vínculo com a loja e que está colaborando com as investigações.
"Repudiamos qualquer tentativa de associação indevida à nossa marca. Prezamos pela ética, segurança alimentar e transparência em tudo que fazemos. Estamos colaborando com as autoridades e seguimos à disposição para quaisquer esclarecimentos. Nossos sentimentos mais sinceros à família e amigos", finalizou a nota.
O bilhete anônimo e o uso de um entregador desconhecido levantam suspeitas sobre a intencionalidade do ato. A Polícia Civil trata o caso com cautela e não descarta nenhuma hipótese até o resultado dos exames. Enquanto isso, a morte precoce de Ana Luiza deixa familiares e amigos em luto e a comunidade local em estado de alerta.
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