Professora morta por envenenamento em Ribeirão Preto havia descoberto traição do marido, diz polícia
Investigação aponta uso de chumbinho e possível tentativa de forjar álibi
247 - A morte da professora de pilates Larissa Rodrigues, ocorrida em março deste ano em Ribeirão Preto (SP), ganhou novos contornos após a prisão do marido dela, o médico Luiz Antonio Garnica, e da mãe dele, Elizabete Arrabaça, nesta terça-feira (6). Segundo reportagem do G1, os dois foram detidos sob suspeita de envolvimento direto no envenenamento da vítima. Um laudo toxicológico confirmou a presença de chumbinho — veneno usado para matar ratos — no organismo de Larissa.
De acordo com as investigações da Polícia Civil, o crime teria sido motivado pela descoberta de uma traição. Uma prima da vítima relatou em depoimento que Larissa havia confrontado o marido dias antes da morte, após encontrar indícios de infidelidade no carro do médico. Segundo ela, Larissa descobriu rolhas de garrafas de vinho com datas anotadas e uma caixa de brinquedos sexuais. “Ela ligou muito abalada, triste, achando que estava sendo traída”, contou a testemunha à polícia.
O delegado Fernando Bravo, que coordena as investigações, afirmou que a polícia trabalha com a hipótese de homicídio premeditado e praticado em conjunto por mãe e filho. “Nós conseguimos encontrar uma testemunha que relatou que a sogra estava procurando o chumbinho para comprar, aproximadamente 15 dias antes da morte, então isso nos trouxe uma segurança de que ela, juntamente com o filho, matou Larissa”, declarou o delegado.
A defesa de Luiz Antonio Garnica informou que o médico se declara inocente e que ainda não teve o aos laudos ou à ordem de prisão. Já os advogados de Elizabete Arrabaça preferiram não se manifestar até que possam analisar a íntegra do inquérito.
Larissa foi encontrada morta no apartamento onde vivia com o marido, no bairro Jardim Botânico, zona Sul de Ribeirão Preto. Inicialmente registrada como morte suspeita, a ocorrência ou a ser tratada como homicídio após depoimentos de testemunhas e a revelação do envenenamento.
Conforme relatado pela prima da professora, dias antes da morte, Larissa teria ido até o prédio da suposta amante do marido, em São Paulo, e filmado o momento em que Garnica entrava no local. Quando confrontado com o vídeo, ele reagiu com agressividade. “Disse que ela estava ficando louca e que quebraria a casa inteira”, afirmou a prima.
Na semana seguinte, Larissa começou a apresentar sintomas como vômitos e diarreia. A mesma testemunha contou que, nesse período, Elizabete ou a preparar sopas para a nora e que o próprio Garnica foi o responsável pela medicação dela.
Outro ponto em apuração é a tentativa de forjar um álibi. Segundo o delegado Fernando Bravo, há indícios de que Garnica tenha ido ao cinema com a amante no dia anterior ao crime, o que reforça a suspeita de premeditação. “Ele foi no dia anterior ao cinema com a amante, então isso daí há indicativos de que ele estava preparando um álibi”, afirmou o delegado.
A mulher com quem o médico mantinha o relacionamento extraconjugal não foi presa, mas teve o celular apreendido e também é alvo da investigação. Na última semana, ela foi localizada no mesmo apartamento em que Garnica vivia.
As investigações continuam em andamento para esclarecer a origem do veneno, o modo de istração e o envolvimento da terceira pessoa na trama que chocou Ribeirão Preto.
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