Mistério cerca morte de professora encontrada com sinais de violência em São Paulo

247 - A Polícia Civil de São Paulo instaurou sigilo nas investigações sobre a morte da professora Fernanda Reinecke Bonin, de 42 anos, cujo corpo foi encontrado com sinais de estrangulamento no último dia 28, em um terreno baldio na zona sul da capital. Segundo informações da CCN, o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) busca resguardar provas e evitar que suspeitos ou envolvidos sejam alertados durante a coleta de evidências.

Fernanda havia saído de casa na noite de domingo (27), supostamente para socorrer a ex-esposa, Fernanda Fazio, de 45 anos, com quem manteve um casamento de oito anos e dois filhos gêmeos. Embora separadas há cerca de um ano, o casal tentava uma reconciliação, inclusive por meio de terapia. Naquela noite, Fazio alega que o carro que dirigia com os filhos apresentou uma falha no câmbio enquanto trafegava pela Avenida Jaguaré, na zona oeste da cidade, o que a levou a pedir ajuda à ex-companheira.Segundo a versão de Fernanda Fazio, o câmbio teria voltado a funcionar cerca de meia hora depois, permitindo que ela fosse ao apartamento da professora, onde, conforme relatado, foi informada pela portaria que Fernanda Bonin não se encontrava no local. Preocupada com o sumiço da ex-esposa, que também não compareceu ao trabalho na Beacon School no dia seguinte, Fazio comunicou seu desaparecimento à polícia.O corpo da professora foi encontrado na manhã seguinte, com um cadarço atado ao pescoço e indícios de estrangulamento, em um terreno próximo ao autódromo de Interlagos. 

O caso, inicialmente tratado como latrocínio, ou a ser investigado também como homicídio doloso – quando há intenção de matar – uma vez que o carro e o celular da vítima foram levados.A polícia determinou a perícia no carro de Fernanda Fazio para verificar se, de fato, houve o defeito mecânico que justificaria o pedido de ajuda. Embora a ex-esposa da professora não figure formalmente como suspeita, os investigadores buscam confirmar sua versão. "Ela é apenas averiguada", destacou uma fonte policial, ressaltando que a análise do automóvel é parte do processo de verificação de indícios.Além do depoimento de Fernanda Fazio, que durou mais de três horas, o pai da vítima também foi ouvido, embora detalhes sobre seu relato não tenham sido divulgados. A Polícia Civil também analisa imagens de câmeras de segurança do prédio da professora e da possível rota percorrida por ela até o local onde o corpo foi encontrado. O foco atual inclui a busca pela SUV Hyundai Tucson, que a professora dirigia, e seu celular, que continuou recebendo chamadas até momentos antes do corpo ser localizado.

Os laudos da necropsia e da perícia no local do crime ainda são aguardados. Segundo o boletim de ocorrência, as duas mulheres se revezavam na guarda dos filhos desde o fim da convivência. O relacionamento vinha enfrentando dificuldades, mas havia tentativas de reconstrução do vínculo.Com o sigilo decretado, a polícia espera avançar nas diligências sem interferências externas. A Secretaria da Segurança Pública informou que todas as linhas de investigação permanecem abertas.