Bolívia vive tensão nas ruas enquanto MAS anuncia candidato à presidência
O Movimento ao Socialismo (MAS) anunciou que seu candidato à presidência nas próximas eleições gerais de agosto será Eduardo del Castillo
247 - O ministro boliviano do Interior, Eduardo del Castillo, será o candidato à presidência pelo Movimento ao Socialismo (MAS), após o presidente Luis Arce descartar sua candidatura nas eleições gerais previstas para meados de agosto. Milán Berna, representante da Confederação Sindical Unificada dos Trabalhadores Camponeses da Bolívia, será o candidato a vice-presidente na chapa.
“Após um longo debate, concluímos que temos Eduardo del Castillo como candidato à presidência e Milán Berna como candidato à vice-presidência”, declarou em coletiva de imprensa Grover García, presidente do partido, de acordo com a Sputnik neste sábado (17).
Na declaração, o líder da legenda afirmou que os indicados “vão trabalhar em unidade com o povo boliviano para avançar nas áreas produtiva, econômica, educacional e de saúde”.
O próprio presidente confirmou a candidatura de Castillo nas redes sociais. "Saudamos esta decisão com entusiasmo e otimismo e convocamos as organizações sociais, as forças progressistas e de esquerda e o povo em geral a criar uma estratégia unificada para garantir a continuidade do Processo de Mudança, a existência do Estado Plurinacional e salvaguardar as conquistas da Revolução Democrática e Cultural contra as ameaças de uma direita retrógrada e neoliberal. Unidade na ação, unidade no programa, unidade no voto! Até a vitória neste 17 de agosto! A vitória virá para todos!", escreveu na véspera.
Enquanto isso, apoiadores de Evo Morales enfrentam a polícia nas ruas
Milhares de apoiadores de Evo Morales marcharam de El Alto até La Paz, concentrando-se em frente ao Tribunal Eleitoral Supremo da Bolívia para exigir que o líder de esquerda, ex-MAS, possa concorrer nas próximas eleições presidenciais.
Manifestantes favoráveis ao ex-presidente boliviano e as forças de segurança protagonizaram confrontos em La Paz, capital de fato do país, após exigirem que o político possa se inscrever como candidato à presidência.
“O movimento popular na Bolívia está aqui manifestando seu direito de participar da democracia, direito de escolher e ser escolhido”, afirmou à Sputnik Bernardino Vera, participante da marcha.
A camponesa Victoria Chino Mamani também declarou que os protestos demonstram o repúdio dos apoiadores de Morales às barreiras impostas para que ele possa disputar um quarto mandato à frente do Executivo boliviano.
“Estamos indignados (...). Não sei qual é o medo de não nos deixarem escolher livremente”, afirmou.
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